A injeção enfraquece parte do sistema imunológico que pode ficar sobrecarregado com as crises de asma e da doença pulmonar chamada doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), refere a BBC
O benralizumabe já é usado nos casos mais graves, mas pesquisas mais recentes sugerem que ele pode ser usado rotineiramente para cerca de dois milhões de ataques no Reino Unido a cada ano.
A equipado King’s College London disse que o medicamento era um “divisor de águas” que poderia “revolucionar” o tratamento, refere a mesma fonte.
As descobertas decorrem da perceção de que nem todos os ataques de asma ou DPOC são iguais. Em vez disso, diferentes partes do sistema imunológico estão reagindo exageradamente em diferentes pacientes.
“Agora podemos ver que há diferentes padrões de inflamação, podemos ser mais inteligentes e fornecer o tratamento certo, para o paciente certo, na hora certa”, disse a professora Mona Bafadhel, do King’s.
O benralizumabe tem como alvo um tipo de glóbulo branco, chamado eosinófilo, que pode causar inflamação e danos nos pulmões.
Os eosinófilos estão envolvidos em cerca de metade dos ataques de asma e um terço dos surtos de DPOC.
Se tal ataque — envolvendo dificuldade para respirar, chiado, tosse e aperto no peito — não puder ser controlado com inaladores comuns, os médicos atualmente prescrevem um tratamento com esteroides.
O estudo, com 158 pessoas, monitorou pacientes por três meses após o tratamento para um surto.
Os resultados do The Lancet Respiratory Medicine encontraram uma taxa de falha de tratamento de:
74% ao tomar esteróides
e 45% com a nova terapia
Pessoas tratadas com a nova terapia tiveram menos probabilidade de serem internadas precisar de mais tratamento ou morrer.
O professor Bafadhel disse que isso poderia beneficiar um grande número de pessoas, já que dois milhões de ataques por ano “não é um número pequeno”.
“Isso uma grande noticia, não tivemos nenhuma mudança no tratamento nos últimos 50 anos. Isso revolucionará a maneira como tratamos as pessoas quando elas estão realmente doentes”, disse o professor Bafadhel.
Os voluntários também relataram melhoria dos sintomas e melhor qualidade de vida com o novo medicamento.