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O homem que ficou azul: a estranha história de Paul Karason

Imagem | YouTube/Inside Edition
14 Julho 2025
Forever Young

Paul Karason ficou conhecido por uma razão insólita: a pele azul. O fenómeno, provocado por anos a ingerir prata coloidal, voltou a dar que falar e levanta sérias questões sobre a utilização de suplementos sem supervisão médica.

Paul Karason tornou-se uma figura viral depois de desenvolver uma condição rara que lhe tingiu a pele de azul. O caso foi recentemente recordado pela Unilad Tech, que voltou a expor os perigos da utilização prolongada de substâncias não reguladas. No centro da história, está a prata coloidal, um suplemento popularizado como “milagroso” e utilizado por Karason durante mais de uma década.

De acordo com o WebMD, Karason desenvolveu uma condição chamada argiria, provocada pela acumulação de prata no organismo. O resultado foi uma mutação pigmentar permanente, com coloração azulada a atingir a pele, olhos, unhas, gengivas e até órgãos internos. Os primeiros sinais costumam surgir na boca, meses ou anos, após o início da exposição prolongada.

Tudo começou com um caso severo de dermatite. Karason decidiu criar a sua própria solução de prata coloidal através de eletrólise, dissolvendo prata em água. Chegou a consumir cerca de 280 mililitros por dia. Numa entrevista concedida à ABC News, em 2008, contou que nem se tinha apercebido da transformação até ser confrontado por um amigo: “Ele olha para mim e diz: ‘O que tens no rosto?’”.

Apesar do impacto físico, Karason referia melhorias de saúde: o refluxo gástrico desaparecera e também os sintomas de artrite nos ombros. “Não tenho a menor dúvida de que foi graças à prata coloidal”, disse.

O visual invulgar valeu-lhe o apelido de “Pai Smurf”. A esposa, Jo Anna Karason, revelou ao TODAY/NBC News que detestava o nome, especialmente quando era utilizado por adultos. “Se fosse uma criança, ele sorria. Mas se fosse um adulto…”, contou.

Karason faleceu em 2013, depois de anos a lidar com complicações de saúde. Fumador assíduo, foi submetido a uma tripla ponte de safena. Hoje, a sua história serve de alerta para os perigos da automedicação e do uso de produtos sem validação científica.

O caso continua a ser estudado e é citado frequentemente como exemplo extremo do que pode correr mal quando se ignora um parecer médico.