A rápida disseminação global da pandemia do COVID-19, traduzida na fatalidade dos números da mortalidade, na interrupção da vida de milhares de milhões de pessoas e no impacto económico significativo e abrangente, não afeta 1, 10 ou 100 países – é mundial! É a mais grave crise de saúde pública que o Mundo experienciou em um século. E, cada vez há uma maior perceção de que a crise pode ser especialmente profunda e prolongada, com a recuperação económica limitada pela contínua ansiedade relativamente à questão da saúde.
Não obstante nunca ter sido vivenciada uma crise com esta dimensão, como as estações do ano, uma recessão é um estado natural do ciclo de vida económico – exemplos são a crise de 1929, a crise do petróleo de 1973, a grande recessão de 2008 ou crise da dívida na Europa em 2010, sendo que existem outras de impacto mais reduzido.
Porque devem as empresas (e, porque não também os governos) considerar o talento experiente para a mitigação da crise e ajuda na retoma? Desde já porque estiveram presentes em outras crises anteriores, e apesar de nenhuma ser igual, existem várias experiências e aprendizagens que podem ser aplicadas agora!
Benefícios do talento experiente
Anteriormente à situação atual provocada pela pandemia do COVID-19, sempre existiram inúmeros benefícios para as empresas aproveitarem a oportunidade dos gestores experientes. O talento qualificado, maioritariamente com +40 anos tem batalhado contra preconceitos e perceções erradas sobre a sua experiência e integram uma pool de recursos disponíveis subutilizada e negligenciada.
- Menor risco
Assumir riscos é essencial para o sucesso do negócio. Os profissionais experientes são moderadores quanto às decisões que implicam riscos. Quem está na faixa dos 40, 50 e 60 anos com os seus achievements e currículos mais longos, já viram tudo. Desde a experiência na gestão de equipas, às diferentes culturas de trabalho até à resistência aos picos dos ciclos dinâmicos do negócio e da economia. Em suma, um gestor experiente remove a incerteza diária na gestão das operações corporativas. Dito isto, não se pode pensar que é avesso ao risco, mas devido à experiência fá-lo com conta, peso e medida.
- Melhor autoconhecimento
Os profissionais experientes sabem exatamente quem são: pontos fortes, skills, potencial e áreas de melhoria. A autoconsciência posiciona-os melhor para serem comunicadores fortes, sinceros, mentores e pilares de paciência em tempos de mudança ou disrupção.
- Multi-skilled e adaptáveis
Os recursos ideais tendem a ser os que podem usar muitos chapéus por motivo dos atuais modelos de negócio com operações SMART e LEAN. Os talentos na faixa dos 40 e mais têm um armário repleto de chapéus. Ocuparam diferentes posições, trabalharam várias indústrias, colaboraram em empresas de diferente dimensão, lideraram muitas equipas pelo que adquiriram qualificações valiosas ao longo do caminho.
Estamos numa economia dominada por skills onde todo e qualquer recurso humano deve ser valorizado e o talento experiente não é exceção. É uma certeza!
Recessão – as empresas em diferentes fases
Nas últimas três recessões, uma avaliação de desempenho de 4700 empresas feita pela Harvard Business Review constatou que aquelas que reduziram custos mais rápido e profundamente tiveram maior dificuldade em superar a concorrência após a recuperação da economia. Em tempos de recessão, as empresas estão obrigadas a alcançar o equilíbrio certo entre estratégias de curto e longo prazo, com investimento abrangente no futuro e com uma diminuição seletiva de custos para sobreviver.
As empresas estão em diferentes fases de ação e reação perante a situação económica atual. No entanto, uma empresa estará certamente num dos 3 momentos:
- Resposta: a organização lida com a situação atual e está numa situação de gestão da continuidade;
- Recuperação: a empresa aprende e emerge, potencialmente será mais forte;
- Prosperar: a preparar e a moldar o ‘novo normal’ – pois é altamente improvável que o mundo a seguir, se pareça com o de pré-pandemia.
Cabe ao C-Level, isto é, à liderança, a responsabilidade de considerar de forma ágil as 3 fases e alocar os recursos e o talento. E os Interim Managers são gestores a considerar e valorizar para qualquer dos momentos.
Porquê os Interim Managers para a retoma?
Em tempos de urgência, os Interim Managers têm disponibilidade imediata para a necessidade específica e pontual da retoma. São experts comprovados em desafios de grandes crises e recessões pois ocuparam-se das crises de 2008 e 2010 que afetaram inúmeras empresas Portuguesas, estando acostumados a situações de grande stress. Os Gestores Interinos ajudam a reduzir e a limitar custos com talento humano pois lidam com uma variedade de tarefas. Possibilitam um impacto percetível desde o início pois são multi-qualificados para os desafios uma vez que possuem expertise funcional, de indústria ou de atividade. Experientes e excecionalmente skilled, sem necessidade de formação, faz com que sejam hands-on desde o dia 1. Sendo inovadores e com um raciocínio out-of-the-box são uma mais-valia porque introduzem novas ideias e fornecem soluções prontas, sendo que numa recessão as regras de negócio alteram e as respostas existentes não funcionam.
Os Interim Managers não assumem uma função puramente consultiva – aconselham, recomendam, implementam e executam. Focalizados na entrega de valor por objetivos, são um talento experiente que pode ajudar as empresas em gestão de crises, inversão de performance de negócio, fecho imediato de atividades não lucrativas, implementação de novos modelos de negócio, programas de recuperação, processos de digitalização e automação,…
Por último, os Interim Managers deixam valor muito para além da permanência e com sucesso!
Por Fátima Pina, Business Development