A Terra completa uma rotação a cada 24 horas, o que representa uma velocidade de cerca de 1.660 km/h no Equador. Embora este movimento seja estável, cientistas alertam que até uma ligeira alteração na velocidade de rotação pode ter consequências devastadoras.
Segundo a Unilad Tech, que cita dados do Daily Mail e entrevistas publicadas pela Popular Science, 22 de julho e 5 de agosto serão dos dias mais curtos alguma vez registados, com menos 1,38 e 1,51 milissegundos do que o tempo médio. Esta diferença é quase imperceptível a olho nu, mas é suficiente para gerar preocupação na comunidade científica.
De acordo com Witold Fraczek, analista da ESRI, um aumento de apenas 1 milha por hora (cerca de 1,6 km/h) na rotação da Terra seria suficiente para alterar a distribuição da água no planeta. As forças centrífugas provocadas pela rotação empurrariam a água dos polos para a região equatorial, elevando o nível do mar em várias cidades costeiras baixas como Jacarta, Miami ou Nova Orleães.
Se a rotação aumentasse 160 km/h, grande parte da zona equatorial poderia ficar submersa, com estimativas a apontar para uma subida entre 9 a 19 metros no nível da água.
Impacto na saúde e no clima
O dia solar também seria encurtado, cerca de duas horas, o que, segundo os especialistas, poderia afetar seriamente o ritmo biológico humano. Estudos anteriores apontaram ligações entre alterações no ciclo circadiano e o aumento de problemas cardíacos, AVC’s e acidentes.
Os fenómenos climáticos extremos também se agravariam. Furacões tornar-se-iam mais frequentes e violentos, devido ao reforço das correntes de vento, agravando ainda mais os impactos já sentidos por causa das alterações climáticas.
Apesar de este cenário ser teórico, a Unilad Tech alerta que é importante monitorizar todas as variações anómalas no movimento da Terra. Se persistentes, poderiam ter implicações sérias e rápidas. A comunidade científica acompanha de perto estas medições para garantir que qualquer alteração fora do comum não passe despercebida.