O escritor e editor francês Philippe Joyaux, conhecido no mundo artístico como Philippe Sollers, faleceu em Paris deixando dezenas de obras como “Paradis” (1981), “Femmes” (1983) e “La guerre du goût” (1994).
Considerado como uma das figuras literárias mais conhecidas da França no último meio século, Philippe Sollers, nascido em 28 de novembro de 1936, em Talence, perto de Bordéus, no seio de uma família burguesa, foi um escritor precoce.
A sua primeira obra, “Une curieuse solitude” foi publicada quando tinha 22 anos e, três anos depois, em 1961, ganhou o prémio Médicis com a obra “Le parc”.
O autor, que escapou de ir para a guerra da Argélia, em 1962, alegando esquizofrenia, conviveu com grande parte da intelectualidade francesa da segunda metade do século XX.
Eugène Ionesco, Louis Aragon, Elsa Triolet, Jacques Lacan, Jean-Luc Godar o Roland Barthes foram os companheiros de Philippe Sollers que cultivaram a reputação de iconoclasta. Os textos do Marquês de Sade (1740-1814) marcaram-no profundamente.
O escritor, que na juventude iniciou uma militância comunista, da qual mais tarde se distanciou, publicou grande parte das suas obras na emblemática editora Gallimard.
Casado com a psicanalista e escritora de origem búlgara, Júlia Kristeva, com quem tem um filho em comum, esteve ativo até aos últimos dias. A sua obra mais recente, publicada na Gallimard, foi “Graal”, em 2022.