O historiador de arte Rafael Moreira, 77 anos, morreu hoje no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse à Lusa fonte académica.
O Renascimento e a Arquitetura Militar eram a suas áreas de especialidade.
Doutorado em História de Arte, em 1991, pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), Rafael de Faria Domingues Moreira foi o comissário da exposição sobre Arquitetura, no Museu Nacional de Arte Antiga, no âmbito da XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura, realizada em 1983.
Segundo dados disponibilizados no ‘site’ da Universidade Nova de Lisboa, onde era professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Rafael Moreira abriu, na instituição, duas novas áreas: “Arte Colonial Portuguesa” (1992) e “Arquitetura Militar” (1998).
O investigador dirigiu “mais de 40 teses, a maior parte publicadas com prefácio seu”.
A UNL refere ainda que “viajou extensamente pela Itália, sul da Europa e Brasil”, tendo realizado quatro estágios trimestrais em Goa, Índia, e um, em Macau.
Rafael Moreira deu palestras e cursos, entre outros, em Madrid, Escorial, Tenerife, em Espanha, na Universidade Paris-Sorbonne, e ainda em território francês em Tours e La Réunion, também em Londres, Oxford e Leeds, no Reino Unido, Roma e Florença, Buenos Aires, Montevidéu e “em todas capitais brasileiras”, assim como em países africanos, Marrocos e Etiópia, e nos Estados Unidos, onde foi “visiting professor” na Universidade de John Hopkins, (1999). Também foi professor convidado nas universidades de Innsbruck (2001), na Áustria, e na de Toulouse, em França.
Rafael Moreira “foi um pioneiro, com vários contactos internacionais de referência, por exemplo John Bury (1917-2017), Fernando Marías (1958-2022), ou André Chastel (1912-1990), entre outros”, disse à agência Lusa o historiador Carlos Caetano
Entre as suas obras publicadas, cite-se “O Renascimentos no Sul de Portugal. A encomenda régia entre o Moderno e o Romano”, a sua tese de doutoramento, saída em 2023.
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