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Opinião: «Adeus resoluções de Ano Novo: por que desistimos tão rápido das nossas metas?», Ana Sofia Fragata, psicóloga clínica e terapeuta familiar

Artigo de opinião de Ana Sofia Fragata, psicóloga clínica e terapeuta familiar

1 Fevereiro 2025
Ana Sofia Fragata, psicóloga clínica e terapeuta familiar

Há um mês, por esta altura, todos tivemos a oportunidade de recomeçar. Em 2025 prometemos ser a nossa melhor versão, voltar a fazer exercício físico, seguir sonhos antigos, adotar hábitos mais saudáveis… mas com a chegada de fevereiro fica a pergunta: temos seguido as nossas próprias promessas?

Na Psicologia, traçar metas é encarado como uma forma poderosa de direcionar comportamentos e promover mudanças positivas. Delinear objetivos claros ajuda a canalizar a energia mental e emocional para ações concretas, onde existe propósito e motivação. No entanto, se definir objetivos é assim tão positivo para a nossa vida, porque é que a maioria das pessoas desiste dos mesmos após algumas semanas?

Olhemos para o início de tudo: as metas que estabeleceu foram pensadas de forma realista e estruturada? São realisticamente alcançáveis? Começarmos por aqui é fundamental para evitar frustrações ou sobrecarga emocional. Além disso, a Psicologia enfatiza a importância de dividir
metas maiores em etapas menores (já celebrou as suas pequenas conquistas hoje?), reforçando a autoconfiança e a resiliência. Entenda que o progresso raramente é linear e que os desafios fazem parte do crescimento.

Se, com o fim de janeiro, faz parte do grupo das muitas pessoas que perderam o foco e desistiram das resoluções que definiram no início do ano, saiba que essa experiência é comum e que está longe de ser uma questão de falta de esforço ou disciplina.

Os hábitos não se alteram à meia noite
Os hábitos são entendidos como comportamentos automáticos que se desenvolvem por meio da repetição e são moldados pelo sistema de recompensas do cérebro. O que é que isto significa? Que os hábitos saudáveis são mais facilmente mantidos quando associados a experiências positivas. A formação de novos hábitos requer consciência, planeamento e paciência, pois leva tempo para que novos comportamentos se tornem automáticos. A Psicologia enfatiza a importância do contexto e dos gatilhos na manutenção dos hábitos, destacando que pequenas mudanças no seu ambiente podem facilitar ou dificultar novas rotinas. Para modificar um hábito, é essencial que identifique os padrões de pensamento e emoções subjacentes, substituindo comportamentos disfuncionais por alternativas mais saudáveis e alinhadas com os seus objetivos individuais.
É por isto que a grande maioria das pessoas desiste de ir ao ginásio na segunda semana de janeiro. Por mais comprometido que se esteja, o nosso cérebro precisa de tempo para adotar novos hábitos e, durante esse período, o caminho não é linear: permita-se a tentar, a desistir, a errar e recomeçar… no fundo, permita-se a ser humano.

Evite os erros mais comuns
Estar atento aos erros mais comuns na hora de adotar novos hábitos vai ajudá-lo neste processo. Saiba que a resistência à mudança, por exemplo, desempenha um papel crucial na hora de desenvolver novas práticas. O nosso cérebro é programado para procurar conforto e evitar esforço excessivo, daí ser natural sentirmos tanta resistência durante o processo. Abrace o desconforto e pense que ele, com o tempo, irá desaparecer.
Alimentar expectativas irrealistas é outro erro bastante comum que leva à desistência precoce de novas metas. Traçar objetivos grandiosos sem considerar os recursos emocionais, financeiros ou de tempo necessários para alcançá-los não traz nada de positivo e gera apenas
ciclos de frustração e desmotivação.
Por último: organize-se! Muitas metas são formuladas de maneira genérica, como “quero perder peso” ou “vou poupar dinheiro”, mas a Psicologia aconselha a fazer diferente. Substitua objetivos vagos por metas claras e objetivas (”vou ao ginásio três vezes por semana” ou “vou poupar 100€ por mês”). Sem um plano prático e mensurável, é difícil saber por onde começar ou como medir o progresso.

Como retomar as metas em fevereiro?
O fim de janeiro não significa o fim do ano: ainda há muito caminho pela frente. Aqui estão algumas estratégias da Psicologia para o ajudar a retomar o foco: Redefina as suas metas e certifique-se de que elas sejam específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais (método SMART);
Divida os seus objetivos em etapas menores e mantenha o foco em pequenos passos; Crie um sistema de recompensas ao longo do caminho, pois pequenas recompensas ajudam a manter a motivação e reforçam os hábitos positivos; Estabeleça uma rotina e coloque as suas metas como parte do seu dia, para que elas se tornem automáticas com o tempo; Não se esqueça de pedir apoio e de partilhar os seus objetivos com família, amigos próximos ou um profissional. O suporte emocional aumenta as probabilidades de sucesso.

Alcançar os nossos objetivos é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento. Abrace os desafios do caminho, pratique a generosidade consigo próprio e mantenha-se consistente para ser quem quer ser.

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