Demência Frontotemporal: conheça a doença (sem cura) que afeta Bruce Willis

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Demência Frontotemporal (DFT) é nome dado ao tipo de Demência em que ocorre degeneração de um ou de ambos os lobos frontais e temporais do cérebro, refere a Alzheimer Portugal.

Os lobos frontais (esquerdo e direito) regulam o humor, comportamento, julgamento e autocontrolo. «A existência de lesões nestes lobos, leva a alterações da personalidade e comportamento, modificação da forma como a pessoa se sente e expressa as emoções e, também, à perda da capacidade de julgamento.», é referido. Já os lobos temporais (esquerdo e direito) estão envolvidos na organização dos inputs sensoriais (ex.: aquilo que se ouve ou vê). A existência de lesões nestes lobos pode levar à dificuldade na colocação de palavras e imagens em categorias».

Demência Frontotemporal também é conhecido por Variante Frontal. É, sobretudo, uma perturbação do comportamento. As pessoas com Demência Frontotemporal podem ser desinibidas ou apáticas.

A DFT provoca, ao longo do tempo, o declínio progressivo e irreversível das capacidades da pessoa.

Os sintomas iniciais podem afetar o comportamento e, algumas vezes, a linguagem.

As pessoas podem manifestar alterações no seu caráter e no comportamento social. Podem, por exemplo, demonstrar insensibilidade, apesar de serem pessoas que anteriormente se preocupavam com os outros. Podem, ainda, tornar-se obsessivas e repetir a mesma ação vezes sem conta.

«Os problemas de linguagem ocorrem frequentemente no início da doença e podem variar entre a apresentação de um discurso limitado, à total perda da linguagem. Outros sintomas comuns são repetir as frases inúmeras vezes ou ecoar aquilo que os outros dizem. Na DFT, a pessoa em vez de conseguir encontrar a palavra certa para nomear um objeto, pode apenas conseguir descrevê-lo. Por exemplo, em vez de dizer relógio, a pessoa pode referir-se a este como aquilo que serve para ver as horas».

A DFT pode afetar homens e mulheres. Apesar de poder atingir pessoas de quaisquer idades, tem início normalmente entre os 40 e os 65 anos.

Cerca de 50% das pessoas com DFT têm história familiar da doença. Aqueles que a herdam parecem ter uma mutação no gene da proteína tau, no cromossoma 17, o que leva à produção de uma proteína tau alterada.

Outros fatores de risco são menos conhecidos.

A DFT provoca uma deterioração progressiva inevitável. A esperança de vida é, desde o início da doença, de 2 a 15 anos, sendo a média de 6 a 12 anos. A morte ocorre, normalmente, devido a uma infeção.

«Infelizmente, ainda não existe cura ou tratamento disponível para a DFT. No entanto, os sintomas secundários, como a depressão, podem ser aliviados pela medicação».

 

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