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Opinião: «No Dia da Mulher falemos de osteoporose, a doença silenciosa que pode ser prevenida», Inês Sapinho, Endocrinologista

Artigo de opinião de Inês Sapinho, Endocrinologista e Coordenadora do serviço de Endocrinologia do Hospital CUF Descobertas

No Dia da Mulher, quero mais uma vez agradecer tudo o que aprendi com as várias mulheres com quem me tenho cruzado ao longo da vida, como médica e como mulher.

Hoje quero abordar um tema que não pode continuar a ser falado apenas às mulheres numa fase tão tardia das suas vidas. Vamos falar de Osteoporose.

O segredo para uma longevidade e envelhecimento saudável está na prevenção e na informação.

A Osteoporose é um problema crescente de saúde pública. Em Portugal, estima-se que cerca de 1 milhão de portugueses sofre de osteoporose, sendo que as mulheres representam a maioria desses casos. A osteoporose caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e alterações na qualidade do osso, que provocam a diminuição da sua resistência com consequente aumento do risco de fraturas espontâneas ou pós-traumatismos de baixo impacto. Estudos indicam que uma em cada três mulheres com mais de 50 anos terá uma fratura osteoporótica ao longo da vida.

O facto de ser uma doença silenciosa até que se sofra uma fratura, normalmente numa idade mais tardia, faz com que seja frequentemente desvalorizada ou até esquecida, principalmente em idades mais jovens. No entanto, tem um impacto muito negativo na qualidade de vida dos que sofrem com esta doença: causando dor, redução da altura, incapacidade e dependência, e no extremo, podendo mesmo levar à morte. As fraturas mais comuns associadas à osteoporose ocorrem na anca, na coluna vertebral e no punho.

Saliento que 20 a 24% das doentes morrem no ano seguinte a uma fratura da anca.

Como se percebe, a osteoporose não prejudica apenas a qualidade de vida das mulheres, por se tratar da população de maior risco e mais propensão a esta doença, mas também representa um encargo significativo para as famílias que acompanham diariamente os doentes, enquanto cuidadores informais, e para o sistema de saúde, com custos associados ao tratamento e à reabilitação de fraturas, sendo imprescindível o devido acompanhamento dos doentes não só durante o período de reabilitação da fratura mas também pós fratura.

A diminuição da massa óssea está intimamente ligada ao aumento da idade e, nas mulheres, a um conjunto de alterações hormonais relacionadas com a menopausa. No entanto, existem outros fatores de risco para a osteoporose, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, baixo peso, sedentarismo, baixo consumo de cálcio e vitamina D, restrição á exposição solar, tratamento com corticoides, doenças inflamatórias crónicas como a artrite reumatoide ou outras doenças como a diabetes, o hipertiroidismo e/ou o cancro da mama. A história de fratura osteoporótica prévia ou antecedentes familiares com esta doença, são também importantes determinantes do aumento do risco de fratura.

É de extrema importância a mulher ter conhecimento de quais os fatores de risco associados à perda de massa óssea, e sobretudo, saber quais os hábitos que pode alterar de forma a potenciar o ganho de massa óssea prevenindo a Osteoporose e as fraturas associadas.

Destaca-se a ingestão adequada de cálcio e de vitamina D, a exposição solar de acordo com as recomendações (com a devida proteção solar e evitando o horário critico das 11h às 16h), bem como a prática de exercício físico regular. Estes hábitos assumem uma importância vital na saúde óssea em todas as faixas etárias da nossa vida. Pelo contrário, o excesso de álcool e a nicotina exercem uma influência negativa sobre o osso, pelo que se deve consumir álcool com moderação e deixar de fumar.

É habitualmente depois de uma queda que ocorrem as fraturas, nomeadamente, do punho e da anca, daí que seja crucial que se tomem medidas para evitar as quedas. Em casa, por exemplo, deve evitar locais mal iluminados e pavimentos molhados ou escorregadios, utilizar calçado antiderrapante, remover os tapetes ou usar material próprio para que fiquem aderentes ao chão, utilizar luzes de presença noturnas, evitar medicação que altere o seu equilíbrio e corrigir a visão e audição.

É imprescindível tanto a prevenção como o diagnóstico da Osteoporose.

Atualmente, o seu médico pode fazer uma avaliação de risco de fratura (com o uso da ferramenta FRAX®) de forma simples numa consulta e, se necessário, fazer um exame que determina a densidade mineral óssea (Densitometria). Este exame é rápido, indolor, não invasivo e de baixa radiação. Mediante um diagnóstico de osteoporose. atualmente estão disponíveis no mercado vários fármacos eficazes para o tratamento da osteoporose, pelo que não há motivo para não apostar na prevenção ou, caso necessário, no tratamento.

Penso que tenha ficado claro que todas as mulheres, incluindo as mais jovens, precisam de prestar uma atenção especial à sua saúde óssea. Para conseguir uma longevidade e envelhecimento saudável, o segredo está na prevenção e na informação!

 

 

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