No ano passado, quando fiz a análise para 2022, disse que, esse ano, um ano 6, seria um ano para amar, perdoar e ensinar. Entretanto, surgiu, inesperadamente, ou não, uma guerra na Europa, como já não se via desde o final da II Guerra Mundial.
Por David Cid, escritor
Qual o melhor momento para amar, perdoar e ensinar do que um momento em que se vive uma guerra.
Como gosto de dizer, o ser humano não aprende pelo amor, pelo contrário, aprende pela dor. Neste tempo de guerra, nesta guerra tem sido tudo muito diferente das outras guerras em que, cada vez mais países se juntavam para combater o inimigo com as mesmas armar, as armas que matam, que destroem e mutilam, as armas de guerra, as armar do medo, da raiva, da vingança, as armas da destruição.
Nesta guerra, a esmagadora maioria dos países, uniram-se para combater o inimigo comum, o inimigo da velha energia que dominou o Planeta Terra por séculos e séculos, o inimigo que mata e destrói para tomar posse daquilo que não lhe pertence.
Nesta guerra, a esmagadora maioria dos países e seus lideres uniram-se para combater o inimigo com armas novas, diferentes, mas ainda mais poderosas que as antigas armar, as armas da união da força coletiva, as armas da economia global, das finanças, as armas que o outro lado não esperava ter de enfrentar. As armas que lhe vão tocar naquilo que ele mais deseja, poder, dinheiro e qualidade de vida para si próprio.
Nos tempos atuais, a consciência humana não esperava um ataque hostil desta forma tão denso, do mais denso que esta humanidade já viu nos últimos anos.
Não tenho qualquer duvida que o amor vencerá, aliás é o amor que está a vencer e não as armas do medo e do terror, esse está a autodestruir-se do pouco que de si resta neste lindo planeta azul.
A raiz do medo está a apodrecer, está a ser combatida pela consciência global com inteligência. Medidas económicas, financeiras, aliadas à vontade, cada vez mais forte dessa Consciência Global.
O ano de 2023 é um ano 7 (2+0+2+3=7). Naturalmente, o 7 tem uma energia intuitiva, virada para a espiritualidade e para o seu próprio interior.
Quando em equilíbrio, que é, na minha opinião o caso, a energia do 7, leva-nos à expansão da consciência, ao estudo, ao conhecimento, ao misticismo e à já referida espiritualidade.
Em desequilíbrio, que, nesta fase em que nos encontramos, não se aplica, a energia do 7 potencia a amargura, a solidão, a manipulação e a obsessão. Se repararem, tudo características de um dos lados desta guerra criada e iniciada por mentes desatualizadas e a respirar uma energia velha e caduca que está a ter os seus “últimos dias” no Planeta.
Em 2023, a energia do 7, vai levar, muitos de nós à busca da Verdade, do Conhecimento, mediante a introspeção e procura da paz interior.
Esta Verdade que falo, não é a verdade dominante, a verdade imposta pelos senhores do poder, pelos média, pela classe política ou pela sociedade. A Verdade que falo, é a verdade interior, aquela que ressoa no nosso coração, a Verdade de cada um de nós.
Esta verdade é diferente de pessoa para pessoa, é no fundo a verdade que importa individualmente. Há que não temer e aceitar a sua verdade pois, enquanto isso não acontecer, não estamos tranquilos e com paz interior.
Um dos grandes desafios individuais que 2023 vai trazer para muitos de nós é o facto de termos de nos libertar do poder que a nossa mente tem sobre nós. Quando o fizermos, estamos a abrir uma porta para permitir que o coração fale mais alto e o possamos escutar de modo a este tomar o controlo da nossa vida. O coração fala sempre a Verdade, a nossa verdade.
Tudo isto é muito desafiante pois, por outro lado, o 7 tende a guardar na caixa os seus sentimentos, impedindo que eles se revelem. Quando isso acontecer, vamos, como grupo, revelar o nosso potencial interior e inato, vamos perceber como realmente funcionamos, como os outros funcionam e, como o Planeta funciona. Iniciaremos um trabalho em sintonia uns com os outros e com o Planeta.
Claro que, haverá muitos que preferem permanecer do outro lado do muro, facto que é, legitimo. Sentem-se mais confortáveis na sua gaiola, protegidos pelas grades que os separam de desafios desconhecidos, mas libertadores. Cada um a seu tempo, no seu timing evolutivo que, é o certo e apropriado.
2023 será um ano de confiança, se a humanidade ganhar, ela própria, confiança. Confiança para suplantar os seus desafios, desafios esses que, entretanto, surgirão, pois, eram necessários para a sua própria evolução e crescimento como grupo.
Essa confiança necessita de ser plena para se tornar efetiva. Confiança na sua força física, emocional, mental e sobretudo espiritual.
Como disse Sun Tzu, general, estratega de guerra e filosofo chines, “que o melhor e mais capaz guerreiro, é aquele que ganha a guerra sem a necessidade de verter uma única gota de sangue”.
A força física é aqui transposta para o emocional e mental, e não podem ser dissociadas.
Como já referido, 2023 vai ser um ano de procura do eu interior, procura de respostas para muitas questões ás quais a mente, dificilmente conseguirá sozinha dar resposta. Vai haver necessidade de as pessoas procurarem a natureza, retiros espirituais, procura da sua essência.
O 7 e a sua energia fazem a ponte entre o mundo físico e os planos seguintes. É o que materializa o tempo como nós o criamos e entendemos. O 7 é o símbolo do deus grego Cronos, o deus que controla com mestria o tempo. O 7 faz-nos perceber que, tudo o que é material tem uma duração limitada, não é verdadeiramente real, nem é eterno.
O sete simboliza a totalidade do mundo material. Temos 7 notas musicais, sete dias da semana, 52 semanas no ano (5+2=7), sete cores do arco-íris, sete chakras principais, sete pecados capitais, as sete virtudes, as sete leis herméticas. O 7 está em todo o lado e em tudo.
Na Europa medieval, acreditava-se que o 7 representava a unidade de Deus com o Universo.
No Hinduísmo o 7 está associado ao facto de o ser humano poder aceder a outros planos, outras dimensões e outros Universos.
Na cultura Japonesa o 7 está associado à felicidade, alegria e fortuna material.
Para 2023, associo o 7 ao facto de a humanidade estar a desenvolver e a trabalhar na sua espiritualidade. Como? Percebendo que, cada ser humano deve voltar-se para o seu interior e conhece-lo, falar com ele, perceber que a sua intuição é a sua melhor e mais forte aliada para a sua evolução.
O 7 vai trazer o poder da resistência, da persistência, da resiliência que, aliadas à força interior, vai trazer conhecimento. Conhecimento é poder, poder é autoconfiança. Autoconhecimento, poder e conhecimento juntos, trazem benevolência e amor compassivo que significa um incremento na consciência humana, na consciência do Planeta e do próprio Universo.
Apesar de tudo, há algumas questões que nesta fase que passamos no Planeta são legitimas serem colocadas. Como a energia do 7 pode trazer tantas coisas boas se estamos a viver uma guerra e uma crise económica? Uma guerra que, segundo as televisões, pode inflamar a qualquer momento e acabar com a humanidade se forem usadas as bombas nucleares que todos os dias são anunciadas nos noticiários. Uma crise com aumentos de preços repentinos e sem qualquer justificação logica a não ser o enriquecimento acelerado de quem detém o poder para o fazer. Não estaremos perante a energia do 7 mas na sua forma mais densa, mais escura, mais primitiva?
Na minha opinião, a resposta é um claro Não. Estava escrito nas estrelas, povos antigos, como os Maias, os Incas e as tribos nativas das Américas, Africa e Oceânia sabiam que estes tempos iriam chegar, que iriamos passar de nível na escala da evolução da Humanidade. Estamos a viver tempos novos no Planeta, a energia benevolente que atualmente reina tem muito mais poder que a velha energia, a do medo, da raiva, da vingança, do ódio, de tudo o que é denso e primitivo.
Não quer dizer que estas energias tenham desaparecido, não, elas ainda aqui estão e, existem pessoas que as desejam alimentar para poderem voltar a dominar pelo medo. Essas pessoas estão a fazer tudo para conseguir, mas, não vão. Não vão porque também, as suas forças e poder estão a desgastar-se de tal forma que irão acabar e, eles sabem disso. Vai levar algum tempo, vai levar o tempo que nós todos quisermos.
Hoje em dia, percebemos bem, quais os políticos e agentes sociais que dizem a verdade ou que mentem descaradamente, quem joga sujo sob o pretexto de desculpas desconexas e carregadas de desnorte. Essas, estão a ser desmascarados e, estão a ser vencidos. Não com a força das armas como antigamente, mas, com a força da energia 6 (ano 2022), a força do amor, transfigurado nesta guerra em bloqueios económicos e financeiros, principalmente. Mais de 95% dos países e governos mundiais, estão a remar para o mesmo lado neste conflito, que mais não é que uma prova, uma demonstração do poder da mudança.
Apenas aqueles que ainda julgam que o medo é quem rege o poder e, o quer impor aos restantes é que apoia o lado escuro. Atenção que o lado escuro não é um país, muito menos o seu povo, o lado escuro é uma minoria que detém o poder e aqueles que o seguem, defendendo os seus ideais.
Como gosta de dizer o Mestre Saint Germain, a Luz vai vencer, a Luz está a vencer, a Luz já venceu e, a energia do 7 irá reger benevolentemente o ano que se segue. Tudo a seu tempo, tudo no tempo certo. O caminho faz-se caminhando e, o caminho, por vezes tem algumas pedras que precisam ser afastadas e, isso leva o teu tempo e necessita do seu esforço.
2023 é um ano com regência da Lua o que vai fazer com que se tenha que dar muita atenção ás nossas emoções. Vai pedir para curar as nossas feridas da alma, o que se faz através de uma reflexão sobre os nossos medos e os bloqueios que criámos.
2023 é um ano de relacionamentos, por isso para alem da nossa ligação ao nosso Eu podemos também trabalhar na nossa ligação com o nosso Anjo da Guarda, os nossos Guias e Mestres, o nosso Eu Superior, o nome que lhe damos é somenos importante. Ao acordar e ao deitar agradeça-lhe por mais um dia, em cada vitoria aproveite e agradeça-lhe. Amor para ele é gratidão. Pouco a pouco vai começar a escuta-lo e a perceber o que é importante nesta vida.
É importante também, fazer de 2023 um ano para trabalhar em nós mesmos e adquirir ferramentas para o futuro que se avizinha pois, teremos um novo ciclo de 2024 a 2030 que terá os seus desafios que no fundo são as nossas aprendizagens e crescimentos.