Os riscos da vida laboral contemporânea são tema da Expo RH

Também serão abordadas estratégias para uma melhor qualidade de vida, no evento de recursos humanos que se realiza a 27 e 28 de março, no Centro de Congressos do Estoril.

O professor na Universidade do Porto, José Soares, é o orador convidado para participar na Expo RH, em que vai focar esses e outros temas apresentados no livro de sua autoria “Reload”. Uma obra baseada nos resultados de um inquérito realizado a cerca de 2500 colaboradores de empresas no país.

Segundo dados divulgados no mesmo, em Portugal, apenas 12 por cento dos trabalhadores afirma sentir-se «muito bem», quando acordam de manhã; 36 por cento assevera que dorme as 7 horas diárias consideradas necessárias e só 14 por cento faz pausas de 90 em 90 minutos.

Com efeito, este último é um dado importante, pois fazer pausas é um dos fatores indicados como essenciais para melhorar a performance. A fadiga, o stress e o burnout são as consequências diretas destes problemas e da má gestão da vida profissional, que afeta a vida pessoal.

A vida num estado “never offline” (nunca desligado), devido à tecnologia, longas horas de trabalho, elevada pressão de resultados e, em certos casos, viagens frequentes. Estes quatro fatores caracterizam o atual ambiente corporativo e com os quais é necessário lidar, utilizando fórmulas de preservar o bem-estar, que José Soares sugere em “Reload”.

Atualmente, um dos problemas mais evidentes, por exemplo, é o facto de as pessoas não recuperarem, mas acumularem, o que aumenta o risco de burnout.

De acordo com o autor e orador na Expo RH, recuperar, reabastecer, repensar e reenergizar são as categorias nas quais se encontram formas diversas para melhorar a performance, o bem-estar e a saúde.

A intervenção de José Soares na Expo RH terá como base principal o livro, no qual são também referidas abordagens que as empresas podem adotar para melhorar a performance e o bem-estar dos trabalhadores. As empresas podem consegui-lo, se tiverem em conta a individualidade de cada colaborador; a adaptação das tarefas aos momentos e ao volume de trabalho; a sobrecarga; a interdependência de volume e intensidade de tarefas e as especificidades, como trabalhar sozinho ou em equipa.

A alimentação pode motivar

As guloseimas e os chocolates, por exemplo, dão energia, logo, podem ajudar a aumentar a motivação, porque o cérebro é um órgão com um gasto energético, que assenta sobretudo na glicose. Dessa forma, está encontrada uma maneira de combater o stress e a fadiga. Embora, esta alternativa possa levar a outras consequências negativas para a saúde.

Evitar o multitasking, rentabilizar as reuniões de acordo com o tempo máximo de concentração (cerca de 1h); apostar na organização (categorizar em pastas e trabalhar por prioridades); consumir alimentos que potenciam a capacidade intelectual; criar um ambiente agradável (por exemplo, procurando mais luz natural); usar técnicas de relaxamento e fazer exercícios simples durante o dia são algumas formas de melhorar a performance e o bem-estar, entre outras, em destaque no livro e na conferência Expo RH, na qual José Soares irá expor o tema em detalhe.

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