Ouvir vozes, frases ou até música onde efetivamente não existe nada é mais comum do que se possa imaginar. A culpa é do nosso cérebro, que é uma máquina que tenta entender o mundo, nem que para isso cometa alguns erros.
A pareidolia auditiva ocorre quando o nosso cérebro interpreta algum estímulo com algo que nos é familiar. É uma maneira dele encontrar um padrão no meio ao caos, dando um sentido àquele estimulo.
Se vir um “rosto feliz” num objeto comum como uma lixeira, é só o cérebro a tenta dar um significado a um simples objeto. Nessa situação, estamos perante uma pareidolia visual.
Esse processo neuropsicológico também ocorre com sons, recebendo o nome de pareidolia auditiva. Exposto a ruídos aleatórios, o cérebro procurará transformar esse som “sem sentido” num som que tenha um significado, como o nosso nome.
Ao longo da história humana, a capacidade de reconhecer padrões e extrair significado de informações sensoriais foi crucial para a nossa sobrevivência. Basta pensar que, ao estar num ambiente barulhento, é essencial detectar ameaças ou sinais de comunicação. Perceber o perigo podia ser a diferença entre viver e morrer.
É por isso que o cérebro se desenvolveu de uma forma a estar sempre pronto para encontrar padrões de linguagem mesmo rodeado de ruído e mesmo que às vezes isso signifique interpretar erroneamente os sons que ouvimos.