Parkinson: estudo revela que ansiedade pode duplicar risco de desenvolver esta doença

Os cientistas descobriram que sintomas associados à doença neurodegenerativa poderiam ser fatores de risco para pessoas com o transtorno psiquiátrico

Aqueles que sofrem de ansiedade podem apresentar um risco duas vezes maior de desenvolver Parkinson, segundo um novo estudo publicado no British Journal of General Practice, avança a CNN. O estudo refere  que sintomas como depressão, distúrbios do sono, fadiga, compromisso cognitivo, hipotensão, tremor, rigidez, falta de equilíbrio e obstipação eram fatores de risco para a doença em pessoas com o transtorno.

Os investigadores descobriram que o risco de desenvolver Parkinson aumentou duas vezes em pessoas com ansiedade, em comparação com o grupo de controle. A descoberta foi feita após a equipa ajustar os resultados para levar em conta idade, sexo, privação social, fatores de estilo de vida, doença mental grave, traumatismo cranioencefálico e demência, fatores que podem afetar a probabilidade de desenvolver a doença em pessoas com ansiedade.

Os cientistas confirmaram que sintomas como depressão, distúrbios do sono, fadiga, compromisso cognitivo, hipotensão, tremor, rigidez, falta  de equilíbrio e obstipação eram fatores de risco para o desenvolvimento de Parkinson em pessoas com ansiedade.

“A ansiedade é conhecida por ser uma característica dos estágios iniciais da doença de Parkinson, mas antes do nosso estudo, o risco prospectivo de Parkinson em pessoas com mais de 50 anos com ansiedade de início recente era desconhecido”, afirma Juan Bazo Alvarez, coautor principal do estudo e pesquisador da UCL Epidemiology & Health, em comunicado à imprensa.

“Ao compreender que a ansiedade e as características mencionadas estão ligadas a um maior risco de desenvolver a doença de Parkinson acima dos 50 anos, esperamos poder detetar a doença mais cedo e ajudar os pacientes a obter o tratamento de que necessitam”, diz.