O aumento das pensões no próximo ano deverá ficar abaixo de 3%, tendo em conta os valores da taxa de inflação e do crescimento económico nos primeiros seis meses deste ano. Para já, a única certeza nesta área tutelada pelo Ministério da Segurança Social é de que a idade legal da reforma em 2025 se vai fixar nos 66 anos e sete meses, refere o Correio da Manhã.
O valor exato do aumento das pensões só poderá ser calculado depois do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgar, em novembro, a taxa de inflação, sem habitação, e tendo em conta igualmente o Produto Interno Bruto (PIB). No que diz respeito a este indicador, é considerado apenas o crescimento dos últimos dois anos, que se fixará entre os 2% e os 3%, segundo noticiou na sexta-feira o ‘Expresso’, cita o Correio da Manhã
Estas regras entraram em vigor em 2007, na sequência da publicação da lei 53-B/2006 que fixou normas para a atualização das pensões da Segurança Social.
A concretizar-se os cálculos do ‘Expresso’, a atualização das pensões será inferior à dos dois últimos anos. Recorde-se que as pensões aumentaram este ano entre 5% e 6% e em 2023 entre 3,89% e 4,83%. De uma forma geral, as pensões superiores a 6111,12 euros não foram atualizadas. Sem aumentos, a menos que a lei mude, estarão os que começaram este ano a receber pensões.
Por força de uma lei que está a ser contestada pelo Movimento Justiça para Reformados e Pensionistas, os novos beneficiários têm de esperar dois anos para verem as suas pensões atualizadas. A questão acentuou-se mesmo nos últimos anos devido aos elevados valores atingidos pela inflação, agravando a perda de poder de compra dos reformados.
O número de pensões de velhice atribuídas em 2023 aumentou 19,2% face ao ano anterior, totalizando 102 435, e o valor médio das novas pensões subiu 3,4% para 687,41 euros, segundo a Segurança Social.
Os dados mostram ainda que em 2023 os trabalhadores reformaram-se em média mais cedo do que em 2022, já que a idade média dos novos pensionistas foi de 65,1 anos no ano passado (face a 65,2 anos).
Meio milhão em formação
As ações de formação promovidas no ano passado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) abrangeram 500,8 mil pessoas, das quais se salientam 330,5 mil abrangidas em ações de Formação Contínua (66%) e 63,4 mil (12,7%) em Formação Inicial, segundo o relatório divulgado na sexta-feira pela instituição.
Mais empresas
Cerca de 285 mil empresas responderam sobre os seus Quadros de Pessoal, mais cerca de 13 mil empresas face ao ano anterior, segundo o relatório.
Subida
A informação divulgada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional dá conta de que, entre 2022 e 2023, o desemprego aumentou em todos os grupos etários, com exceção do grupo dos 25 aos 34 anos.