O termo LED significa Light Emitting Diode ou Díodo Emissor de Luz. Um nome comprido, que procura resumir o funcionamento desta lâmpada apesar de ser até bastante simples.
Ao contrário das lâmpadas comuns, as lâmpadas LED não possuem filamento, o que faz com que durem mais por não produzirem tanto calor. Em vez disso, quando a corrente elétrica chega à lâmpada, passa por uma fita LED, que espalha a energia que recebe em forma de luz visível.
Há outra diferença importante: os LED são fontes de luz “direcionais”, o que significa que emitem luz numa direção específica. Já os modelos antigos emitem luz e calor em todas as direções, mesmo para onde não é necessário. Isto significa que as lâmpadas LED conseguem utilizar a luz e a energia de forma mais eficiente numa grande variedade de aplicações.
A invenção do LED azul, que permitiu o aparecimento das lâmpadas LED como as conhecemos, mereceu aos seus inventores o Prémio Nobel da Física em 2014 e mudou para sempre a forma como encaramos a iluminação. As vantagens sentem-se até hoje, de cada vez que ligas o interruptor.
Menos custos e mais durabilidade. Estas são, resumidamente, as principais vantagens das lâmpadas LED quando comparadas com outras soluções, como as tradicionais lâmpadas de halogéneo. Mas há outros benefícios que vale a pena conhecer.
1. As lâmpadas LED consomem menos 80% do que as tradicionais
A principal vantagem das lâmpadas LED é a redução do consumo energético. O que muitas vezes não é tão evidente é a diferença face às soluções de iluminação tradicional: as lâmpadas LED podem representar uma poupança de energia até 80% face às lâmpadas tradicionais.
A eficiência das lâmpadas é medida pelo rácio entre a intensidade da luz emitida (medida em lumens) e a energia recebida (medida em watts). Por outras palavras, eficiência neste contexto significa a luminosidade extraída a partir de cada watt de eletricidade, quando mais lumens por watt, mais eficiente a lâmpada.
As lâmpadas LED podem atingir até 150 lumens por watt, cerca de duas vezes mais do que uma lâmpada fluorescente e 6 vezes mais do que uma incandescente. Uma lâmpada LED de 3 W, por exemplo, pode substituir uma lâmpada fluorescente de 6 W e uma incandescente de 20 W.
2. As lâmpadas LED podem durar 25 anos
As lâmpadas LED têm uma vida útil até 50.000 horas, ou 25 anos, se funcionarem cerca de 5 horas por dia e mantêm a intensidade mesmo que as ligue e desligue muitas vezes. A nível comparativo, as lâmpadas incandescentes têm uma vida útil de 1.000 horas, as de halogéneo entre 2.000 e 4.000 horas, as lâmpadas fluorescentes e as economizadoras entre 5.000 e 8.000 horas.
Graças à sua longa vida útil, não é necessário substituir as lâmpadas LED tantas vezes, o que as torna especialmente indicadas para locais onde a manutenção é muito complicada, cara ou de acesso difícil.
3. As lâmpadas LED não emitem calor
Já sentiste necessidade de desligar as luzes em dias quentes para arrefecer a casa? Já te queimaste ao trocar uma lâmpada quente? Nenhum destes problemas se coloca com as lâmpadas LED, que não emitem calor.
Para além de maior segurança, esta característica também permite uma maior diversidade de aplicações, como em áreas mais sensíveis a altas temperaturas. De piscinas a zonas de refeições, com crianças ou animais de estimação, a iluminação LED oferece soluções que não seriam possíveis de outra forma.
4. A tecnologia LED permite escolher a cor e intensidade da luz
Outras das principais vantagens das lâmpadas LED é a sua versatilidade em termos de cor e intensidade da luz.
A maioria das utilizações em casa requer entre 700 e 800 lumens, tais como estudar, trabalhar ou cozinhar. No entanto, para obter uma luz intensa, pode necessitar de mais de 1.000 lumens. Já para uma iluminação mais leve, uma intensidade de cerca de 300 lumens será suficiente.
Com as lâmpadas LEDs, também podes escolher a temperatura da cor, ou seja, o tipo de luz que é gerada. Esta pode ter um tom branco frio ou neutro, um brilho quente ou um branco-amarelado para replicar a luz natural. Todas estas opções são possíveis ao escolher lâmpadas LED.
5. As lâmpadas LED são boas para o ambiente
Um produto mais eficiente do ponto de vista energético será sempre melhor para o ambiente. Mas o que muitas vezes passa despercebido ao escolheres lâmpadas tradicionais é a emissão de luz ultravioleta e infravermelha, algo que não acontece com as lâmpadas LED. Deste modo, evitam-se riscos tanto para a saúde humana como para o ambiente.
Por outro lado, as lâmpadas LED são normalmente produzidas a partir de materiais recicláveis. Ao contrário, os modelos mais antigos podem conter mercúrio, apesar de em pequenas quantidades, o que os torna mais difíceis de descartar.
Como escolher lâmpadas LED?
As lâmpadas Leds estão disponíveis em diferentes tamanhos, formas e cores. Existem modelos redondos e quadrados, de luz vermelha, verde e azul e numa enorme gama que cobre a maioria das utilizações.
Um dos principais fatores a considerar no momento da compra é a intensidade da luz. Com a tecnologia LED, quanto menor a superfície de emissão, mais brilhante será a lâmpada. Se procuras intensidade, escolhe um foco. Se procuras uma luz difusa, para um ambiente mais acolhedor, escolhe um modelo de maior dimensão.
No que toca ao preço das lâmpadas LED e tal como acontece com a maioria das soluções mais evoluídas, o preço inicial é superior, mas paga-se rapidamente com a poupança na conta da luz. No caso destas lâmpadas, o preço depende de muitos fatores, desde a marca, a classificação energética, o nível de luminosidade, a quantidade comprada, o tipo de casquilho e até a cor da luz. Como referência, um pack de 3 lâmpadas LED, com 4W, e 470 lumens custará cerca de 5€.
Como poupar eletricidade (para além de mudar para lâmpadas LED)?
Para além de substituir as lâmpadas atuais por LED, há muitas outros hábitos diários que podes instituir, sem custos, para poupar energia. Por exemplo, sempre que possível evita deixar eletrodomésticos em standby, uma vez que continuam a ter um consumo residual.
Usa as máquinas de lavar roupa e loiça, os equipamentos de maior consumo numa casa, na sua capacidade máxima. E, claro, desliga sempre as luzes nas divisões da casa onde não está ninguém. São pequenas mudanças de hábitos, com um grande impacto na conta ao fim do mês e que podem aumentar a eficiência energética da tua casa.