Se o veículo estiver em bom estado, o fumo é por norma incolor, embora em certas ocasiões se possam ver até três cores diferentes – branco, azul e preto. A Euromaster, rede de oficinas especialista em manutenção integral de veículos, identificou as possíveis avarias que um automóvel pode ter em função da cor, da densidade e do tempo de permanência dos fumos.
Cor Branca
O branco é uma das cores mais comuns libertadas pelos escapes dos automóveis. Na maioria dos casos, se for inodoro, leve e durar pouco tempo (assim que o veículo é posto em funcionamento em determinadas condições climatéricas, como o inverno ou o outono, com uma elevada percentagem de humidade na atmosfera), não há qualquer problema, pois trata-se apenas de vapor de água produzido por condensação.
No entanto, quando o fumo branco é denso e continua a sair do escape durante o tempo em que o veículo está na estrada, pode ser um sintoma claro de avaria. Uma das causas possíveis é a entrada de água na câmara de combustão, indicando algum tipo de problema no motor ou na junta da cabeça. Neste caso, a avaria é grave e sua reparação pode custar entre 2.000 e 4.000 euros, consoante a marca e o modelo.
Cor Azul
Quando o fumo libertado pelo escape de um automóvel é azul, a razão principal é óleo queimado, que por sua vez é causada por uma fuga interna no sistema de lubrificação do veículo. Neste caso, a falha pode ser muito grave e dispendiosa, no limite o veículo pode ficar sem óleo, um acontecimento indesejável que implicaria uma avaria total do motor.
Por outro lado, este fumo azul pode dever-se ao desgaste das válvulas ou vedantes, das camisas dos cilindros ou dos segmentos dos pistões. Em certas ocasiões esta cor também pode ser o sintoma de um turbo com problemas. Nestes casos, o consumo de óleo também pode ser acelerado, pelo que é crucial verificar os níveis de óleo.
Cor Preta
Quando o fumo libertado pelo escape é preto ou cinzento-escuro, as possíveis causas variam consoante o tipo de combustível do veículo. Assim, nos automóveis a gasolina, a origem pode ser uma queima excessiva de combustível (ou, na gíria dos mecânicos, uma mistura “demasiado rica”), um problema que deve ser cuidadosamente verificado.
A falha pode ser um problema no sistema de combustível causado por uma avaria nos injetores. Neste caso, é aconselhável substituí-los, uma reparação que pode custar cerca de 1.000 euros.
No caso dos motores diesel, este fumo negro pode ser apenas uma acumulação de fuligem no sistema de filtro de partículas, ao tratar-se da regeneração do filtro uma viagem mais longa entre as 2500 rpm e 3000 rpm, completaria o ciclo de regeneração e o fumo desapareceria.
Mas o fumo negro persistente num veículo a diesel também pode ser causado por outra variedade de fatores, com possíveis problemas nos injetores, na eletrónica, nos turbocompressores e até numa avaria no filtro de partículas. Nestes casos, o custo da avaria varia consoante a gravidade e complexidade do problema, sendo que a fatura final poderá ir até aos 3.000 euros.