Em dados gerais, as estimativas apontam para um aumento de quase 7% e, de forma a perceber melhor o impacto que esta dinâmica terá no mercado e nas carteiras dos portugueses, o ComparaJá simulou dois casos práticos que se assemelham aos mais comuns perfis de consumo em Portugal.
Não só por causa deste aumento de preços mais recente, mas também por causa da oscilação de preços praticados pelos vários players do mercado, e mediante níveis de consumo, potências contratadas ou até número de pessoas a viver em determinada habitação, as poupanças poderão atingir os 52€ e apesar de haver um aumento de preços prejudicial para os consumidores, esta pode ser uma boa oportunidade para garantir alguns índices de poupança.
Num primeiro perfil, composto por um casal com dois filhos que assume um consumo de 400 kWh para uma potência contratada de 6,9 kva, o aumento poderá ser de quase 5€ nas respetivas faturas mensais. Se mudar, por exemplo, do mercado regulado para o mercado livre pagará 71€ em vez dos previstos 75€. Ao sair do esquema de preço indexado para um preço fixo, poderá poupar 17€. Por sua vez, caso seja cliente da comercializadora mais cara (e mais utilizada) do mercado a poupança será de 20€ – quer isso dizer que esta será, segundo o responsável de energia do ComparaJá, José Trovão, efetivamente “uma altura muito boa para comparar e poupar”.
Ainda assim, ao analisarmos um outro perfil de consumo mais elevado composto por um casal de 4 filhos que consome 908 kWh e que contratou uma potência de 13,8 kva, os valores de poupança serão ainda maiores e, por isso, é ainda mais natural que este tipo de clientes procure poupança imediata visto que os aumentos serão de 8€.. Neste caso, a poupança entre mercado regulado e livre será de 12€, conseguirá poupar 46€ se optar por um preço fixo por kWH e analisando com o player mais caro do mercado mais caro a fatura será 52€ mais barata.
Na ótica de José Trovão, “muitos portugueses serão prejudicados com estes aumentos de preços, mas a boa notícia é que ao mudar de comercializador poderão acabar a poupar, mesmo relativamente ao preço anterior aos aumentos. Devido às grandes diferenças entre os preços das comercializadoras, a maioria dos portugueses terá oportunidades de poupança em outubro”. Prevê-se ainda uma outra revisão para o início de 2025 e, por isso, será importante precaver-se já para o próximo mês de janeiro.