O Imovirtual divulga, hoje, o seu barómetro relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda, em Portugal. Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de outubro com novembro deste ano e com o período homólogo, novembro de 2022.
Em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, verifica-se um aumento na renda média de +39%, estando 350 euros mais caro, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Apesar de estarmos a verificar uma ligeira estabilização dos valores médios, em novembro houve um aumento (+4%), fixando-se agora em 1 250€.
O mesmo aconteceu com os preços da venda de casas, no qual a subida tem sido também mais ligeira. De forma geral, comprar uma casa continua a ser cerca de 26 000€ mais caro, do que em novembro do ano passado. No que ao preço médio de venda diz respeito, verifica-se uma ligeira subida em novembro, em relação a outubro (+5%), fixando-se em 315 000€. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 289 000€, há um aumento de +9%, com as casas a ficarem quase vinte e seis mil euros mais caras.
Relativamente à designação do imóvel, verificámos que, comprar um apartamento, atualmente, está 23% mais caro do que o mesmo período em 2022. Enquanto que uma moradia teve uma subida de 20%, face ao período homólogo.
Quanto à tipologia, todas tem tido subidas nos seus preços, contudo, as casas T0 e T3 são as tipologias que mais subiram o preço (+33% e 32%, respetivamente), quando comparado com os valores de 2022.
Segundo Sylvia Bozzo, Marketing Manager da Imovirtual, “os distritos mais populosos como Lisboa, Porto e Setúbal – este último menos, começam a dar sinais de abrandamento no valor de venda e, por isso, acredito que será essa a tendência. Contudo, os distritos próximos a essas regiões como, por exemplo, Leiria e outros em direção ao interior, como Castelo Branco e Portalegre, vão na direção contrária com os preços a aumentar significativamente, mas ainda com valores competitivos em relação aos grandes centros urbanos”.
Arrendamento – Distritos e Ilhas em destaque:
- Leiria (+10%), Setúbal (10%), Lisboa (+9%), Porto (+9%) e Bragança (+9%) são os distritos com maior aumento da renda média em novembro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 880€, 1 100€, 1 800€, 1 200€ e 490€, respetivamente.
- Em contrapartida, Guarda foi o distrito que registou a maior descida da renda média em novembro (-18%), comparativamente com outubro, descendo para 450€. Segue-se o distrito de Portalegre (12%), onde a renda média se fixa, atualmente, em 525€ e Viseu (10%), no qual a renda desceu para 537€.
- Comparativamente com novembro do ano passado, existiu uma subida dos valores de arrendamento de forma geral em praticamente todos os distritos, nomeadamente: Lisboa (+41%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 1 275€ para 1 800€; Porto (+36%), passa de 880€ para 1 200€, Leiria (+35%) passa de 650€ para 880€, Portalegre (+31%), passa de 400€ para 525€, Setúbal (+29%), que passa 850€ para 1 100€ e Guarda (+28%), que passam de 350€ para 450€.
- Em relação aos distritos em que houve uma diminuição do preço médio de arrendamento, comparado com o período homólogo, Viseu e Bragança (2%) foram os que registaram a maior descida (-2%), onde a renda média se fixa, atualmente, 537€ em 490€, respetivamente.
- De forma geral, Guarda (450€), Bragança (490€), Castelo Branco (512€) e Portalegre (525€) são os distritos mais baratos para arrendar casa, em novembro. Lisboa continua a ser o mais caro, (1 800€), seguindo-se Porto (1 200€), Setúbal (1 1100€), Faro (1 000€).
VENDA – Distritos e ilhas em destaque:
- No continente, de forma geral, todos os distritos mantiveram subidas muito ligeiras, à exceção de Castelo Branco (+5%, subiu para 117 000€), que foi o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em novembro, face a outubro. Seguindo-se a Guarda (+4%), com os valores a fixarem-se em 89 000€, Leiria, Lisboa e Portalegre (+3%), com os valores a passarem para 259 000€, 429 900€ e 82 000€, respetivamente.
- Em contrapartida, Beja foi o único distrito que registou uma descida da renda média em novembro (-1%), comparativamente com outubro, descendo para 105 000€. Segue-se o distrito de Bragança, Coimbra, Vila Real e Viseu (-0%), onde os preços médios se mantiveram exatamente iguais aos do mês passado.
- Quanto à comparação com o ano anterior (novembro 2022), o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Castelo Branco (+41%), onde os valores sobem de 82 860€ para 117 000€. Seguindo-se Portalegre (+26%, de 65 000€ para 82 000€), Leiria (+23%, de 210 000€ para 259 000€), e Beja (+17%, de 90 000€ para 105 000€, respetivamente).
- Porto (2%) e Lisboa (5%) foram os únicos distritos que tiveram subidas muito ligeiras, passando de 298 000€ para 305 000€ e 410 000€ para 429 000€.
- Portalegre (82 000€), Guarda (89 000€), Castelo Branco (117 000€) e Bragança (120 000€) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em novembro. Os mais caros foram Lisboa (429 900€), Faro (425 000€), Setúbal (330 000€), Porto (305 000€).
- Em relação às ilhas, a Ilha de São Jorge (+7%, que passou de um valor de 105 000 euros para 150 000€) e a Ilha de São Miguel (+6% para 249 000€) foram as que registaram um maior aumento no preço médio de venda, em novembro, face a outubro.
- Em contrapartida, a Ilha do Corvo (-22%) e a Ilha da Graciosa (-20%), foram as que tiveram uma maior descida dos preços médios, com os valores a descerem para 135 000€ e 95 000, respetivamente.
- Quando comparado com novembro de 2022, Ilha das Flores (+78%, que passou de um valor de 95 000 euros para 170 000 euros), Ilha do Corvo (69%, fixando-se em 135 000€), Ilha de Porto Santo (56% para 350 000€) e Ilha de São Jorge (43%, para 150 000€) foram as ilhas com valores mais elevados.
- A Ilha da Graciosa (95 000€) continua a ser a ilha mais barata para comprar casa em novembro. Enquanto que o Funchal (440 000€) manteve-se o mais caro.