Perto de 300 profissionais da Unidade Local de Saúde (ULS) São José, em Lisboa, entre médicos, enfermeiros e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, formam a primeira equipa do país em dedicação exclusiva às urgências
“É o primeiro Centro de Responsabilidade Integrada do Serviço de Urgência (CRISU) que surge a nível nacional” e entrou em funcionamento a 17 de junho, anunciou à agência Lusa a presidente da ULS São José, Rosa Valente de Matos.
A equipa com 298 profissionais, que irá crescer até 339, conta também com assistentes sociais, assistentes técnicos e assistentes operacionais.
“É uma equipa multidisciplinar, está a funcionar muito bem, e, neste momento, penso que também da parte dos utentes tem havido grande satisfação porque é um projeto amplo“, salientou a presidente da ULS São José.
Para Rosa Valente de Matos, “é um orgulho para o centro hospitalar ter esta equipa que se disponibilizou para fazer um trabalho diferente, numa altura do ano em que todos falam das complicações da urgência”.
Médicas internistas, Felisbela Gomes e Ana Bravo aceitaram o desafio de integrar esta equipa, criada na sequência de uma portaria de 30 de janeiro que estabelece, numa primeira fase, a criação de cinco projetos-piloto de CRISU que irão arrancar também nas ULS de Santa Maria, Coimbra, São João e Santo António.
“Quando nos propuseram este novo projeto na tentativa de resolver alguns problemas da urgência e otimizar os cuidados aos doentes críticos, eu aceitei”, disse Felisbela Gomes, no Hospital São José, onde funciona a Urgência Geral Polivalente da ULS.
Ana Bravo realçou, por sua vez, os benefícios deste novo modelo de organização que visa “melhorar todo o percurso dos doentes críticos” desde a admissão na urgência.
“É tentar distinguir os doentes urgentes dos não urgentes para que os realmente urgentes possam beneficiar do atendimento na urgência e nós termos mais atenção para esses doentes“, acrescentou Felisbela Gomes.
É tentar distinguir os doentes urgentes dos não urgentes para que os realmente urgentes possam beneficiar do atendimento na urgência e nós termos mais atenção para esses doentes“, acrescentou Felisbela Gomes.
Diminuir o tempo de espera dos doentes, agilizar as decisões terapêuticas, bem como retirar “um maior número de doentes não urgentes” para outros cuidados são outros objetivos, apontou.
Nesta fase inicial, integram a equipa 16 internistas, mas a ideia, segundo Ana Bravo, é aumentar até ao final do ano o número de médicos para a equipa assegurar permanentemente as urgências, uma vez que atualmente assegura 12 horas diárias (das 08:00 às 20:00) todos os dias da semana.