Projeto procura visões para o futuro em todo o país

Aproveitando o impulso do novo ano, Mirabolante convida as pessoas em Portugal a prever visões raras para o futuro.

Desenvolvido no âmbito da Representação Oficial Portuguesa na Quadrienal de Praga 2023, coordenada pela cenógrafa Ângela Rocha, o projeto desafia o público em Portugal a pensar nas suas visões de futuro e colocá-las em mais de 20 pontos de recolha espalhados por todo o país (lista completa disponível aqui).Até ao dia 3 de março, qualquer pessoa pode dirigir-se a um ponto de recolha situado nas Bibliotecas Municipais de todas as capitais de distrito de Portugal continental e ainda na Biblioteca Municipal do Funchal e na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, para deixar a sua visão de futuro. Uma colaboração entre a Representação Oficial Portuguesa na Quadrienal de Praga 2023 e a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.E o que são visões de futuro? Podem ser textos curtos, pequenos objetos, desenhos ou imagens que representem uma visão rara de futuro, previsões, presságios, desejos ou receios, mensagens utópicas ou distópicas.Depois de recolhidas e selecionadas em Portugal, estas visões raras de futuro serão disponibilizadas na 15ª Quadrienal de Praga, evento que decorre na capital da Chéquia, de 8 a 18 de junho. As mensagens estarão acessíveis a qualquer visitante, numa instalação artística interativa que consistirá numa “máquina de brindes” cenografada ao jeito de uma bola de cristal. Cada pessoa poderá recolher, de forma aleatória, uma cápsula transparente que contém uma “visão” única e original. Desta forma, as visões de futuro escritas em Portugal viajarão até Praga.Mirabolante é um projeto complementar da instalação artística Metade dos Minutos, de Ângela Rocha. Com Mirabolante, a cenógrafa propõe uma atividade participativa, que aprofunda a dimensão representativa do país – com todas as “visões raras” que nele podem caber.Representação Oficial Portuguesa na Quadrienal de Praga 2023cenógrafa Ângela Rocha foi escolhida, através de concurso limitado promovido pela Direcção-Geral das Artes, para coordenar a Representação Oficial Portuguesa na exposição Países e Regiões, da Quadrienal de Praga 2023, a mais importante mostra internacional nas áreas do design de cena, cenografia e arquitetura teatral. A 15ª edição da Quadrienal de Praga decorre de 8 a 18 de junho de 2023, na capital da Chéquia e, este ano, desenrola-se a partir do tema Visões Raras.Comissariado pela Direcção-Geral das Artes, o projecto de Ângela Rocha intitula-se “Metade dos Minutos” é é composto por 3 momentos expositivos distintos:– Metade dos Minutos: instalação artística desenvolvida por Ângela Rocha, sob o tema Visões Raras, que será apresentada na exposição Países e RegiõesMetade dos Minutos pretende colocar o visitante na boca de cena, como participante ativo e decisor. Propondo uma visão de Futuro pós-pandemia, a instalação apresenta, de forma imersiva, a reivindicação do Presente espacial e temporal, numa instalação onde as texturas reagem ao movimento do visitante, permitindo uma experiência tátil.– Mirabolante: atividade participativa e instalação artística interativa, Mirabolante convida pessoas em Portugal a prever visões raras para o futuro, colocando-as em mais de 20 pontos de recolha espalhados por todo o país, até dia 3 de março. Durante a Quadrienal de Praga, estes contributos estarão acessíveis aos visitantes, através de uma “máquina de brindes”, cenografada ao jeito de uma bola de cristal.– 1:20: obra de Rita Lopes Alves, com curadoria de Ângela Rocha, sob o tema A Magia da Escala, apresentada no âmbito da exposição “Fragments II”. 1:20 debruça-se sobre os materiais que ficam após o processo efémero intrínseco à arte teatral, numa obra onde Rita Lopes Alves apresenta um fragmento real da sua bancada de trabalho, o maior testemunho da sua obra cenográfica.Licenciada em Teatro, na vertente de Design de Cena, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Ângela Rocha tem desenvolvido trabalho de cenografia e figurinos para encenadores como Cláudia Gaiolas, Guilherme Gomes, Gonçalo Waddington, João Pedro Mamede, Madalena Marques, Maria João Luís, Raquel Castro, Ricardo Neves-Neves, Teresa Coutinho, Tiago Guedes, Tiago Rodrigues, entre outros. Com o seu trabalho, marcou já presença em diversos festivais de teatro a nível nacional e internacional. Em 2019, venceu o Prémio SPA de Melhor Cenografia pelo espetáculo Sweet Home Europa, uma encenação de João Pedro Mamede com produção do Teatro Nacional D. Maria II.