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Quase um quarto dos profissionais de emergência médica têm ‘stress’ pós-traumático

Aproximadamente 23% dos profissionais de emergência médica entrevistados num estudo divulgado recentemente apresentavam sintomas de ‘stress’ pós-traumático, o que afeta negativamente a rapidez e precisão nas decisões em situações de socorro às vítimas.

 

O estudo, que envolveu a participação de 368 profissionais de emergência médica, maioritariamente bombeiros, dos distritos de Lisboa e do Porto, explorou o efeito do ‘stress’ pós-traumático na capacidade de decisão em situações de emergência médica, através de cenários de realidade virtual em que os participantes tiveram de realizar determinadas tarefas.

“Há muita evidência de que estes profissionais são um grupo de risco para o desenvolvimento de perturbação de ‘stress’ pós-traumático (PSPT), porque estão diariamente expostos a acontecimentos traumáticos”, disse hoje à Lusa Ricardo Pinto, que liderou a equipa de investigação do HEI-Lab – Laboratórios Digitais de Ambientes e Interações da Universidade Lusófona.

No entanto, “não havia nada na literatura que demonstrasse que haveria alguma relação entre a sintomatologia de stress pós-traumático com a tomada de decisão no momento do socorro às vítimas”.

Os resultados do estudo, publicado recentemente na revista norte-americana Journal of Trauma and Dissociation, indicam que a exposição frequente aos acontecimentos traumáticos melhora a rapidez e precisão nas decisões dos profissionais, o que se deve provavelmente à aquisição de experiência que vão adquirindo à medida que se vão confrontando com vários cenários extremos.

Contudo, quando os profissionais, que podem ter 10 ou 20 anos de experiência, desenvolvem sintomas de perturbação de ‘stress’ pós traumático (PSPT), as suas decisões começam a ser comprometidas, o que pode afetar a segurança das vítimas.

“Verificámos que aqueles profissionais que tinham sintomas de PSPT eram mais lentos a tomar a decisão e erravam mais comparativamente aos colegas que não tinham estes sintomas”, disse Ricardo Pinto.

Para os investigadores, o facto de 23% dos profissionais de emergência apresentarem estes sintomas é alarmante e revela “a gravidade da exposição a acontecimentos traumáticos”.

Para Ricardo Pinto, este número poderá vir a agravar-se, tendo em conta o contexto em que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e outros serviços de emergência enfrentam desafios significativos, como a falta de pessoal e dificuldades nas condições de trabalho.

“Esta situação é problemática porque num momento em que há uma elevada preocupação com catástrofes naturais, espera-se que os serviços de emergência atuem rapidamente e tomem decisões acertadas. Todavia, a falta de atenção à saúde mental dos profissionais pode prejudicar a eficácia das intervenções, não apenas afetando os profissionais, mas também aqueles que necessitam de ajuda”, salienta.

As conclusões do estudo, realizado em parceria com a Universidade do Minho, destacam a necessidade de uma abordagem preventiva e informada sobre o trauma para apoiar a saúde mental destes profissionais e assegurar uma resposta eficiente à população.

O também psicólogo alertou que a PSPT está muitas vezes “mascarada com outros sintomas” e surge muito mais tardia, defendendo, por isso, a necessidade de haver “literacia por parte dos próprios profissionais”, mas também por parte de “quem tem o dever de cuidar deles”, porque se trata de “uma perturbação incapacitante, terrível”.

“Ao cuidar da saúde mental destes profissionais, também estamos no fundo a cuidar da qualidade dos serviços que são prestados pelo INEM”, vincou, ressalvando que já existe alguma sensibilidade para a saúde mental destes profissionais, aplicando-se o modelo dos primeiros socorros psicológicos quando são expostos a situações traumáticas.

Defendeu, contudo, que a aplicação deste modelo não se deve restringir aos “dias seguintes ou ao próprio dia” do acontecimento traumático, sublinhando que deve haver um acompanhamento e uma avaliação dos profissionais a longo prazo.

“Claro que os profissionais se se sentirem mal podem pedir ajuda” aos serviços de psiquiatria nestes serviços, mas ainda existe muito a ideia de que são eles que têm salvar os outros, que têm que ser fortes, ficando o autocuidado para segundo plano.

Alertou ainda que, se o seu estado emocional não for tratado, “a exposição a outros acontecimentos traumáticos (…) vai exacerbar a sintomatologia e vai escalar para outras perturbações, nomeadamente situações limite, como o suicídio, consumo de substâncias, etc”.

Para Ricardo Pinto, também seria importante contratar psicólogos externos ao INEM para dar este apoio, uma vez que os que intervêm são colegas, o que tem vantagens, mas também desvantagens, “porque há uma sobreposição de papéis”.

HN // FPA

Lusa/Fim

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