Um estudo realizado na Finlândia constatou que o consumo de medicamentos para doenças como depressão, ansiedade, hipertensão, entre outras, era menor entre pessoas que frequentavam de três a quatro vezes por semana uma área verde da sua cidade, em relação aos que foram menos de uma vez.
No início de 2022, os médicos no Canadá poderiam começar a prescrever aos seus doentes uma receita diferente chamada: visitar um parque natural.
Na altura, Steven Guilbeault, Ministro do Ambiente e das Alterações Climáticas e responsável pelos parques naturais, destacou sobre esta iniciativa que «a investigação médica mostra claramente os benefícios positivos para a saúde da ligação com a natureza».
Agora, uma investigação realizada na Finlândia conclui que a visita frequente a zonas verdes, como parques ou jardins, bem como a espaços azuis, onde existam fontes de água, pode ajudar as pessoas que consomem medicamentos para tratar ansiedade, depressão, hipertensão arterial ou asma, fazendo com que reduzam suas doses.
Para chegar a essa conclusão, um grupo de pesquisadores do Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar, analisou as respostas que 16 mil moradores de Helsinquia, Espoo e Vantaa numa pesquisa sobre saúde ambiental realizado entre 2015 e 2016.
Entre outras questões, os entrevistados deveriam relatar se tomavam medicamentos prescritos para tratar ansiedade, insónia, depressão, hipertensão ou asma. Além disso, deveriam indicar quantas vezes por semana visitavam uma área verde ou azul que estaria a menos de um quilômetro de sua casa.
O que os cientistas descobriram ao analisar essas e outras variáveis é que a frequência com que uma pessoa visita uma zona verde ou azul num espaço urbano tem forte correlação com uma menor probabilidade de consumir algum tipo de medicamento para as doenças mencionadas.
«O aumento das evidências científicas que apoiam os benefícios para a saúde da exposição à natureza provavelmente aumentará a oferta de espaços verdes de alta qualidade em ambientes urbanos e incentivará seu uso ativo. Esta poderia ser uma forma de melhorar a saúde e o bem-estar nas cidades», concluíram os autores do estudo.