Para evitar cair nesses erros e para que possa controlar a tua situação, a Bankinter apresenta os 10 erros mais comuns ao planear a reforma, segundo uma pesquisa da Natixis realizada a nível mundial.
Subestimar o impacto da inflação (49%)
Muitas pessoas não consideram como a inflação pode influenciar o poder de compra das suas poupanças. Com o tempo, mesmo uma inflação moderada pode ter um grande impacto no valor real do seu dinheiro. Por exemplo, uma inflação de 2,5% durante 30 anos faria com que o valor real de 100.000 euros de agora fosse apenas 46.788 euros. Ou seja, o índice de preços no consumidor (IPC) teria “comido” 53,2%.
Subestimar a longevidade (46%)
A idade média de falecimento e a esperança de vida não param de aumentar. Por isso, é crucial planear uma reforma mais longa do que o esperado para evitar ficar sem fundos.
Sobreestimar os rendimentos dos investimentos (42%)
Alguns reformados são demasiado otimistas sobre os rendimentos dos seus investimentos, o que pode levar a um planeamento financeiro inadequado. Por exemplo, estimar um rendimento por alugar bens imobiliários pode ser feito muitas vezes sobre quantias brutas, não tendo em conta despesas de condomínio, IMI, seguros ou reparações.
Isto sem considerar possíveis períodos sem rendimentos ou incumprimentos.
Investir de forma demasiado conservadora (41%)
Uma estratégia de investimento demasiado cautelosa pode não acompanhar o ritmo da inflação, resultando numa erosão do poder de compra ao longo do tempo. Devemos combinar estratégias para alcançar o equilíbrio.
Estabelecer expectativas de rentabilidade pouco realistas (40%)
Esperar rendimentos irrealisticamente altos pode levar a desilusões e a um planeamento financeiro deficiente. Se se investir em ativos voláteis, o rendimento é menos previsível, por isso sejamos prudentes ao estimar benefícios assegurados por revalorizações de bolsa ou subida de preço de alguns investimentos.
Não considerar os custos de saúde (39%)
Muitos subestimam os custos de cuidados de saúde na reforma, que podem ser significativos, especialmente com o envelhecimento. É certo que noutros países este ponto é mais a ter em conta do que em Portugal, onde a cobertura da Segurança Social é ampla, mas há despesas, cuidados ou internamentos em lares que obviamente não estão cobertos e devem ser considerados.
Não compreender nem diversificar as fontes de rendimento (35%)
É essencial ter um plano e não falamos exclusivamente de um plano de pensões, mas sim de um plano para conseguir várias fontes de rendimento: pensões, poupanças, investimentos, rendas e qualquer outro recurso deve ser planeado com tempo.
Depender demasiado da pensão pública (33%)
Confiar excessivamente na pensão que o Estado oferecerá pode ser arriscado, já que estes sistemas enfrentam os seus próprios desafios financeiros. Além disso, estão limitados e sempre representam uma queda de rendimentos em relação aos rendimentos que recebemos na vida ativa.
Subestimar os custos imobiliários (23%)
É arriscado chegar à reforma sem uma habitação própria, mas é uma possibilidade e se é o que decidimos deve ser muito bem planeado porque o custo da inflação pode disparar a exigência do orçamento. Igualmente, se temos uma casa própria, lembremo-nos dos seus custos associados, como a manutenção, impostos e possíveis hipotecas que nos restem pagar no início da reforma.
Investir de forma demasiado agressiva ou fora de tempo (21%)
Embora uma estratégia de investimento agressiva possa oferecer maiores rendimentos, também acarreta maiores riscos, o que pode não ser adequado para alguns momentos. É comum indicar que se devem assumir maiores riscos quanto mais jovem se é e moderar esse risco à medida que nos aproximamos ou encontramos na reforma.