O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, recomenda cuidados na decisão de contrair um crédito pessoal para o regresso às aulas.
“Avaliar a sua real necessidade, compreender a taxa de esforço e escolher a melhor solução conforme as condições apresentadas por cada entidade de crédito, são decisões que podem significar um resto de ano mais tranquilo, ou preocupações acrescidas para as famílias”, alerta Sérgio Cardoso, administrador com o pelouro da Academia Doutor Finanças.
Com o regresso às aulas, algumas famílias ficam sobrecarregadas com o custo dos materiais escolares, cadernos de fichas, materiais didáticos, além de encargos com a alimentação e roupa de desporto. E, tratando-se do ensino superior, os encargos aumentam com as propinas, livros e até com a possibilidade de ter de pagar um alojamento longe de casa. O crédito pessoal surge então como uma possibilidade.
Contudo, antes de avançar com um financiamento, é importante ter a certeza de que é mesmo necessário, já que vai ter impacto no orçamento familiar durante vários meses. Para medir este impacto, é fundamental calcular a taxa de esforço para perceber se o orçamento familiar consegue acomodar o pagamento de mais uma prestação. Para calcular a taxa de esforço, a fórmula a usar é: Taxa de esforço = (Montante total de prestações financeiras / rendimento mensal líquido do agregado familiar) x 100. Em alternativa, pode recorrer-se ao simulador de taxa de esforço do Doutor Finanças. A partir de uma taxa de esforço de 50%, o Banco de Portugal indica que as instituições financeiras não devem conceder um novo crédito.
Decidindo avançar com a contratação de um crédito pessoal, é fundamental estarmos informados sobre os tipos de financiamento que existem dentro desta categoria, maturidades e montantes máximos e outros custos associados.
Igualmente importante é pedir propostas de crédito junto de várias entidades para podermos analisar qual a melhor opção para os nossos objetivos. Ao comparar propostas, devemos considerar o valor da prestação, mas também as comissões, o prazo do empréstimo, as condições de reembolso antecipado e, mais importante ainda, os valores do Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) e da Taxa Anual Efetiva Global (TAEG). Estes dois indicadores revelam o custo final do crédito pessoal, permitindo perceber qual é a proposta mais barata.
Outro cuidado fundamental é conhecer as várias fases do processo, a começar na simulação, pré-aprovação, análise da situação financeira, junção de toda a documentação necessária e, por fim, a resposta ao pedido de financiamento. Para evitar cair em armadilhas, devemos também assegurarmo-nos de que entidade que irá conceder o crédito está autorizada a exercer este tipo de atividade, verificando que ela faz parte da lista de entidades aprovadas pelo Banco de Portugal.