Se tem o costume de se deitar depois das 23h00, é melhor ter cuidado. Estudo revela que isso pode refletir-se num aumento de peso

Investigadores revelam que o horário a que se vai para a cama tem uma influência direta no índice de massa corporal.

Estudo revela que o horário de dormir tem uma relação direta com o peso de cada pessoa: quanto mais tarde cada indivíduo dorme, maior é o índice de massa corporal (IMC), valor calculado com base no peso e na altura, utilizado como referência internacional na definição de sobrepeso e obesidade.

A constatação é de uma equipa da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas, Brasil, que publicou a investigação na revista científica Sleep Medicine. Os investigadores analisaram as respostas de 2.050 pessoas, com idades entre 18 e 65 anos. Os voluntários responderam a um questionário online que incluía perguntas sobre dados antropométricos (peso e altura), aspectos do sono (hora de dormir, hora de acordar, se o sono é interrompido durante a noite), hábitos alimentares, prática de atividades físicas, entre outros.

Não existe uma quantidade mínima de horas que uma pessoa deve dormir por noite; cada organismo tem as suas próprias necessidades. Mas, a recomendação padrão da Sleep Foundation, organização sem fins lucrativos que realiza estudos sobre o assunto, é que um adulto deve dormir entre 7 e 9 horas por noite para ter um sono reparador.

A nutricionista Giovana Longo Silva, principal autora do estudo, utilizou essa referência como base para analisar os dados dos voluntários. A especialista constatou que quase metade dos entrevistados (45,1%) eram “dormidores tardios”, ou seja, dormiam após as 23h00. Além disso, mais da metade deles (51,7%) apresentava uma prevalência de curta duração do sono, dormindo menos de 7 horas por noite. A pesquisa também indicou que 30,1% da amostra estava com excesso de peso, e 14,7% com obesidade.

Resumindo, os participantes que dormiam mais horas e iam para a cama mais cedo apresentavam um IMC menor do que aqueles que dormiam menos horas e iam para a cama mais tarde. O horário de despertar também foi avaliado, mas não demonstrou uma correlação estatisticamente significativa com o IMC.