Na sua fórmula, estão substâncias como a oximetazolina, a nafazolina, a fenoxazolina e a xilometazolina.
Tais substâncias atuam como vasoconstritores (causam contração nos vasos) na região do nariz, sendo bastante eficientes para desinchar as narinas e facilitar a passagem do ar (ou seja, viabilizar a respiração) em pessoas que sofrem de congestão (obstrução) nasal. Por isso, o descongestionante em spray nasal surge como uma alternativa rápida e prática para quem deseja resultados de alívio rápido.
Mas, quem utiliza esse recurso, já deve ter ouvido falar que ele vicia. O que acontece é que este tipo de medicamento contém essas substâncias vasoconstritoras que, com o uso contínuo e a longo prazo, podem causar dependência.
O problema é que certo tempo depois do uso os vasos voltam a dilatar o nariz entope de novo. Com o tempo a pessoa vai precisar de doses cada vez maiores para fazer o efeito desejado.
E em excesso, esses descongestionantes podem provocar lesões na mucosa do nariz e passam a serem absorvidos e caem na corrente sanguínea, gerando sinais e sintomas sistémicos. O uso recorrente, frequente e em doses elevadas traz riscos principalmente para o coração, pois leva a alterações nos batimentos cardíacos, na pressão arterial, com risco de paragem cardíaca e morte.
Além dos riscos de descompensações cardíacas e na tensão arterial, principalmente com uso abusivo, outra reação comum é a rinite medicamentosa, que acontece quando a pessoa tem que usar cada vez mais o medicamento para ter o alívio desejado.