Síndrome edemigênica consiste num conjunto de sinais e sintomas caracterizado pelo excesso de líquido no corpo (edema), que pode ter origem em três principais órgãos: rim, coração e fígado.
Quando os rins não funciona adequadamente como barreira para a perda de proteínas na urina, o corpo fica mais inchado, pois ocorre um desequilíbrio de pressões entre o vaso sanguíneo e o interstício (região externa ao vaso sanguíneo). Isso faz com que o líquido extravase para fora do vaso, acumulando-se nos tecidos da pele e do subcutâneo.
O fígado, por sua vez, é responsável pela produção das proteínas do corpo. Essas mesmas proteínas, quando estão no sangue, são responsáveis por “segurar” a água dentro do vaso sanguíneo. Se o fígado está doente (por exemplo, na cirrose), pode haver extravasamento de líquidos e consequente edema.
O coração realiza uma força ejetora para levar sangue a todo o organismo. Quando está fraco (como é o caso da insuficiência cardíaca), mais sangue (e, portanto, mais líquido) fica preso nas veias e nos pulmões, o que pode levar ao edema do pulmão e ao edema periférico (das pernas, da barriga e do fígado).
Pessoas que tenham risco de desenvolver doenças do coração, do fígado e do rim são os mais propensos a apresentar a síndrome edemigênica. São estes os maiores grupos de risco: idosos, diabéticos, hipertensos, obesos, portadores de dislipidemia, tabagistas e portadores de doenças autoimunes.