Um novo estudo norte-americano descreve a relação entre a duração de uma experiência na natureza (por exemplo um passeio no parque) e alterações em dois biomarcadores fisiológicos de stress – cortisol salivar e alfa-amílase. A sua principal conclusão foi que pode bastar uma caminhada de entre 20 a 30 minutos cercado de árvores e flores para diminuir em cerca de 10 por cento as hormonas do stress.
Os cientistas sugerem ainda na conclusão do estudo que os benefícios verificados subsistem após uma curta caminhada, por exemplo, mas a uma taxa reduzida.
Ora, esta investigação surgiu no âmbito de perceber como a atividade física na natureza poderia servir como uma cura para tratar doenças mentais e reduzir os níveis de pressão alta. Este é também o primeiro estudo a empregar a avaliação de medidas repetidas e a primeira avaliação em que os participantes do estudo são livres de escolher a hora do dia, a duração e o local de uma experiência ao ar vivo na natureza, em resposta às suas preferências e alterações na rotina diária.
A líder da pesquisa, a arquiteta paisagista e doutorada em ecologia, Mary Carol Hunter, da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, comentou em declarações ao jornal britânico Times, que «para desfrutar dos máximos benefícios, numa redução eficaz dos níveis de cortisol (a hormona do stress)», a pessoa deve estar num lugar onde impere a natureza e que os médicos «deviam receitar este “antídoto natural” e recomendar sobretudo a pacientes que sofram de ansiedade ou depressão que passem mais tempo em contacto com a natureza», concluiu.