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Taxa de mortalidade baixou nos cancros de cólon, estômago, próstata e pulmão

A taxa de mortalidade por cancro de cólon e reto, estômago, próstata e pulmão baixou entre 2018 e 2022, enquanto a relativa ao cancro da mama estabilizou, segundo dados do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO).

4 Fevereiro 2025
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Segundo um dos documentos hoje divulgados pelo PNDO, da Direção-Geral da Saúde (DGS), em Portugal, a mortalidade por cancro ao longo dos últimos cinco anos tem mostrado “uma taxa de mortalidade padronizada com uma tendência decrescente”, independente da faixa etária, sendo consistentemente mais alta nos homens.

Quanto à incidência (novos casos), o documento refere que em 2018 e 2019 os dados passaram a ser compilados pelo Registo Oncológico Nacional, tendo havido uma alteração na metodologia de colheita, pelo que o ano de 2018 marca uma “quebra de série”.

Por outro lado, indica ainda que a redução da incidência em 2020 poderá estar relacionada com o impacto da pandemia de covid-19 no diagnóstico das doenças oncológicas. No período 2017 – 2019, confirma-se um aumento da taxa de incidência.

Portugal tem em vigor três rastreios de base populacional: cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro do cólon e reto.

No que se refere ao cancro da mama, o documento hoje divulgado refere que 2023 Portugal superou a meta prevista pelo European Beating Cancer Plan (90% da população convidada), com 99% da população convidada. A taxa de adesão ao rastreio subiu para 56% (51% em 2022), com um total de 440.298 mulheres rastreadas (413.300 no Continente, 11.927 nos Açores e 15.071 na Madeira).

Contudo, a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta a mais baixa taxa de adesão (anual de 31,9&%), que o diretor do PNDO justifica com o facto de haver mais mulheres com subsistemas de saúde que acabam por ser seguidas no privado e por ter ainda apenas havido “uma primeira passagem” do rastreio.

No rastreio do colo do útero, a taxa de cobertura populacional em Portugal continental e nos Açores baixou para 59,2% (era 64%) e a taxa de adesão ao rastreio rondou os 94%, com um total de 310.976 mulheres rastreadas (301.477 no Continente, 9.499 nos Açores).

Do total de mulheres rastreadas, 13,5% (20.206) foram referenciadas para cuidados hospitalares.

O rastreio do cancro do cólon e reto tem com uma cobertura geográfica, por unidade funcional, de 89% no território continental e de 100% nos Açores. Com uma população elegível média de cerca de 1.5 milhões de utentes/ano, a taxa de cobertura foi de 32% e a taxa de adesão a este rastreio aumentou para 53,5% face a 2022 (41%), com um total de 277.540 utentes rastreados (270.365 no Continente e 7.175 nos Açores).

Dos utentes rastreados, em Portugal continental e nos Açores, 685 foram referenciados para cuidados hospitalares.

Em 2023, a Região Autónoma da Madeira iniciou um programa piloto deste rastreio, com uma cobertura geográfica de 8% dos centros de saúde da região, tendo sido rastreadas 85 utentes.

No documento hoje divulgado, o PNDO assume que, nos próximos anos, será essencial melhorar os sistemas de informação que suportam as atividades de rastreio.

“A partilha de informação entre os sistemas de monitorização dos rastreios e o Registo Oncológico Nacional (RON) é essencial para uma visão completa de todo o processo”, considera.

Quanto aos cuidados hospitalares, em 2022 foram registados 801.867 internamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos quais 69.304 (8,6%) correspondem a utentes com diagnóstico principal de neoplasia maligna, tendência que se tem mantido ao longo dos últimos cinco anos.

Entre 2019 e 2023 aumentou cerca de 60% o número de doentes tratados com radioterapia, passando de 76.201 para 122.291.

O relatório indica ainda que o número de doentes tratados com quimioterapia e imunoterapia tem vindo a aumentar “gradual e lentamente” nos últimos anos, sendo na sua quase totalidade executados em regime de ambulatório. Em 2022 foram tratados mais de 350.000 doentes

O cancro é a principal causa de morte dos cidadãos da União Europeia (UE) com menos de 70 anos e a segunda causa de morte quando considerados todos os cidadãos da UE.

SO // CMP

Lusa/fim

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