A investigação, publicada na revista científica PLoS Genetics, pode ser, para os especialistas, o principio do desenvolvimento de um novo tipo de tratamento para a doença.
Acordar constantemente e de forma regular durante madrugada é uma das primeiras evidências da doença, que surgir anos antes de todas as outras.
Jennifer Hurley, autora do trabalho agora divulgado investigou esta situação com células em laboratório. No cérebro de doentes com Alzheimer acontece o acumular da proteína beta-amiloide, a qual pode estar associada com o aparecimento e o agravamento da doença.
Jennifer Hurley observou que existe uma célula imune no nosso organismo capaz de eliminar esses corpos estranhos. «Essa defensora do nosso cérebro trabalha em ritmo circadiano, ou seja, em horários específicos do dia», refere.
A equipa de cientistas notaram que as células imunes degradavam a beta-amilase através da ação do heparán sulfato proteoglicano, «molécula chave no controle de processos inflamatórios do nosso organismo».
Os resultados do trabalho abrem novas perspectivas terapêuticas para a doença. «Entender como os nossos ritmos circadianos podem regular os níveis de heparán na superfície celular para controlar o acumular de beta-amiloide pode levar ao desenvolvimento de medicamentos que aliviam os sintomas da doença de Alzheimer, bem como outras doenças inflamatórias”, refere Hurley.