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Tem mais de 60 anos? Especialistas alertam para ‘erros’ ao volante que indicam que está na altura de deixar de conduzir

11 Julho 2025
Forever Young

Segundo os britânicos, há certos sinais que pode sentir ao conduzir que o tornem um perigo para si e para os outros. Veja agora alguns neste artigo.

A partir de certa idade, o ato de conduzir exige atenção redobrada, não apenas pela experiência, mas também pelas mudanças físicas e cognitivas que o tempo traz. Especialistas do setor alertam que há momentos em que o condutor sénior deve ponderar seriamente abandonar o volante, quer segurança própria, quer para a de terceiros.

Quando chega a idade de parar

Apesar de cada pessoa envelhecer de forma diferente, problemas de visão, reflexos mais lentos e dificuldades de concentração tendem a surgir com a idade. Estes fatores combinados podem reduzir a capacidade de avaliar distâncias, interpretar sinais ou reagir a situações inesperadas, aumentando o risco de acidentes. Médicos e organizações rodoviárias, citados pelo 00 recomendam que os condutores mais velhos façam avaliações periódicas, analisando não apenas a acuidade visual, mas também os tempos de reação e a presença de doenças crónicas que afetem a coordenação.

Outro aspeto a ter em conta é a medicação regular. Muitos fármacos prescritos para hipertensão, dores crónicas ou ansiedade contêm substâncias que provocam sonolência ou diminuem a velocidade de resposta. Quando esses efeitos se manifestam, o condutor pode não perceber o perigo imediato até ser tarde demais.

O aviso de Scotty Kilmer

Scotty Kilmer, mecânico com milhares de seguidores nas redes sociais, defende que os condutores devem reconhecer o momento de parar de conduzir. Segundo explicou, há sinais evidentes de que a aptidão está em declínio, como bater em obstáculos ao estacionar, confundir pedais ou não conseguir manter a trajetória correta em curva. Quando estes episódios se tornam frequentes, insistir em conduzir pode representar perigo real para todos na estrada.

Kilmer admite que abandonar o volante pode ser frustrante, mas insiste que a segurança deve prevalecer. Ao partilhar experiências pessoais, reconhece que chegará o dia em que ele próprio terá de entregar a carta e lembra que a decisão, por difícil que seja, evita consequências mais graves no futuro.

Falta de regras fixas no Reino Unido

No Reino Unido, onde surgiu o alerta, não existe limite de idade legal para conduzir. A autoridade de licenciamento considera que a aptidão depende do estado de saúde individual e não apenas da data de nascimento. Para as categorias mais comuns (AM, A1, A2, A, B1, B e BE), a carta deve ser revalidada de 15 em 15 anos até aos 60 anos; depois, aos 60, 65 e 70 anos; a partir dos 70 anos, a revalidação passa a ser de dois em dois anos. Esta regra está indicada nos guias do IMT e no portal do Governo dedicados à revalidação da carta de condução.

Apesar da ausência de idade-limite, o condutor idoso tem a responsabilidade legal de garantir que mantém os requisitos de visão, audição e mobilidade necessários, refere ainda a mesma fonte.

Dados recentes sobre sinistralidade

Estatísticas publicadas em 2023 mostram que cerca de um quarto dos condutores mortais em acidentes rodoviários no Reino Unido pertenciam à faixa etária mais avançada. Além disso, onze por cento de todas as vítimas, incluindo feridos ligeiros, envolveram condutores seniores. Estes números realçam que o risco é real e deve ser levado em consideração tanto pelas famílias como pelos próprios condutores.

Estudos internacionais confirmam tendência semelhante noutros países europeus, onde o envelhecimento da população aumenta a proporção de condutores idosos nas estradas. Especialistas sugerem adaptações nas infra-estruturas, como sinalização mais visível e cruzamentos simplificados, para reduzir acidentes.

Entregar voluntariamente a carta

As autoridades britânicas, para estas situações, aconselham os condutores que deixam de se sentir seguros a entregar a carta voluntariamente. Este procedimento é simples e não implica sanções adicionais. Caso a condição de saúde melhore ou o condutor se submeta a tratamento eficaz, pode solicitar nova licença, mediante exames que comprovem a aptidão.

Para muitos idosos, abdicar da carta e deixar de conduzir significa perder autonomia. Por isso, as entidades de apoio aconselham planear alternativas, como transportes públicos, táxis partilhados ou boleias familiares, garantindo que a vida social e as tarefas diárias não ficam comprometidas.

Em Portugal, o processo de renovação é igualmente rigoroso. A partir dos 70 anos, a carta deve ser revalidada com atestado médico e exames específicos. Se surgirem patologias incapacitantes, como problemas cardiovasculares instáveis ou doenças degenerativas, o médico pode recomendar suspensão da carta até reavaliação.

O papel do DVLA e possíveis sanções

No caso do Reino Unido, o DVLA, organismo de licenciamento britânico, tem competência para revogar a carta caso receba relatórios médicos ou relatos de condução perigosa. Se o idoso recusar entregar a licença após notificação, arrisca sanções legais e pode vir a ser processado por negligência em caso de acidente. A mesma lógica se aplica em Portugal, onde o Instituto da Mobilidade e dos Transportes pode suspender a habilitação sempre que uma junta médica conclua existir perigo para a segurança pública.

Em ambos os países, a cooperação entre médicos, família e autoridades é fundamental, refere a mesma fonte. Médicos de família podem comunicar ao organismo de licenciamento se o paciente negar-se a cessar a condução apesar de não estar apto, protegendo terceiros de possíveis sinistros.

Mensagem do Older Drivers Forum

O Older Drivers Forum, entidade britânica dedicada à segurança rodoviária sénior, sublinha que chegará a altura em que alguns condutores devem abdicar da carta pelo bem comum. A organização encoraja familiares a conversar abertamente quando notam comportamentos preocupantes, como dificuldades em estacionar ou reações muito lentas nos semáforos.

As recomendações incluem avaliações regulares em escolas de condução especializadas, programas de reciclagem adaptados a seniores e consultas médicas frequentes. Ao adotar estas medidas, o condutor pode prolongar a condução segura por mais tempo ou, quando necessário, transitionar gradualmente para outras formas de mobilidade. Depois de ponderar todos estes aspetos, muitos condutores optam por deixar o carro e descobrem novas formas de se deslocar sem problemas. A decisão pode abrir portas a atividades antes adiadas, como viagens de comboio ou caminhadas, permitindo manter uma vida ativa.