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Tem miopia? Diagnóstico pode estar errado, segundo um estudo

7 Julho 2025
Forever Young

Investigação liderada por cientistas da NOVA Medical School de Lisboa indica que a prevalência da miopia tem sido sobrestimada em vários países europeus devido à utilização de métodos de diagnóstico pouco rigorosos, com Portugal a não estar incluído por falta de dados representativos.

Um novo estudo, publicado na The Lancet Regional Health – Europe e coordenado por André Rosário, professor e investigador da NOVA Medical School e do Comprehensive Health Research Centre (CHRC), analisou dados de 14 países europeus para avaliar a prevalência da miopia. A média estimada foi de 23,5%, porém, quando considerados apenas os estudos que utilizam a refração cicloplégica – um exame que bloqueia a acomodação do olho e garante diagnósticos mais fiáveis, especialmente em crianças -, essa prevalência baixa para 18,9%.

A investigação também destacou disparidades significativas entre países, com prevalências que vão desde 11,9% na Finlândia até 49,7% na Suécia.

Portugal não integrou a análise por não dispor de amostras representativas, possuindo apenas dados auto-relatados ou baseados em acuidade visual, o que suscita preocupação para o investigador André Rosário. Segundo ele, “é urgente reforçar a investigação nacional nesta área e alinhar as metodologias com os padrões internacionais. Sem isso, os dados não refletem a realidade e são de pouca utilidade para o planeamento estratégico em saúde.”

O estudo apela à realização de investigações longitudinais, metodologicamente robustas, que usem a refração cicloplégica, com maior cobertura geográfica e segmentação por faixa etária em Portugal.

Além dos desafios visuais, a miopia está associada a doenças oculares graves e, até, à demência, reforçando a importância da deteção precoce e do acompanhamento adequado.

As projeções indicam que quase metade da população mundial poderá vir a sofrer de miopia até 2050, o que torna ainda mais urgente um diagnóstico e intervenção adequados.