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Um em cada três passageiros aéreos que recebe uma compensação, reinveste em novas viagens

As indemnizações na Europa não cobrem os custos adicionais que o passageiro tem de suportar quando o seu voo sofre alguma perturbação

20 Março 2024
Sandra M. Pinto

AirHelp, empresa mundial em tecnologia de compensação de passageiros aéreos, realizou uma pesquisa para entender melhor como os passageiros utilizam a compensação que recebem por atrasos e cancelamentos dos seus voos. Este estudo, realizado com apoio de passageiros do Brasil e da Europa que receberam a sua indemnização através do serviço da AirHelp, revelou informações interessantes sobre os hábitos de consumo dos lesados e a sua experiência associada à indemnização.

Esta pesquisa demonstrou que os passageiros aéreos que receberam uma compensação tendem a reinvestir em novas viagens. De acordo com as informações fornecidas, 30% dos inquiridos indicou que a compensação que recebeu devido a uma perturbação no seu voo foi investida em novas viagens. Acrescentaram ainda que Roma, África do Sul ou Tailândia foram os destinos preferidos para o fazer. Outra resposta popular, especialmente nos casos em que a viagem não é de lazer, foi poupar o dinheiro (14,5%) ou cobrir as despesas do dia a dia (12,5%).

Será a indemnização recebida suficiente? Na Europa, as mesmas não cobrem os custos

Para analisar esta questão – e também as respostas obtidas – é importante saber quais são os direitos dos passageiros de acordo com os diferentes regulamentos e que cobertura têm.

No caso dos regulamentos em vigor no Brasil, após duas horas de atraso ou cancelamentos com menos de 72 horas de antecedência, o passageiro aéreo tem o direito de reclamar uma indemnização que pode chegar aos R$10.000 (aproximadamente 1.850 euros). No entanto, segundo a regulamentação europeia (UE e Reino Unido), para atrasos superiores a três horas ou cancelamentos sem aviso prévio de 14 dias antes do voo, a indemnização é de apenas 600 euros, valor que se mantém há 20 anos, quando o Regulamento CE 261/2004 entrou em vigor.

Este ponto é especialmente importante, dado que o objetivo da indemnização financeira é que o valor recebido compense a perda de tempo e os inconvenientes causados pela perturbação do voo. No entanto, se um passageiro necessitar de alojamento, alimentação ou transporte devido à perturbação do voo, estes custos, que devem ser reembolsados pela companhia aérea, deverão levar ao aumento da indemnização. Assim, ao fazer esta análise, 63% dos inquiridos indicaram que receber uma indemnização que compense os transtornos causados pela perturbação do voo sempre é melhor do que não receber nenhum valor.

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