Whisky: o néctar que veio da Escócia

Tal como muitas vezes acontece quando se investiga a história das mais famosas bebidas alcoólicas, também o whisky tem um passado ligado aos monges e mosteiros.Tal como muitas vezes acontece quando se investiga a história das mais famosas bebidas alcoólicas, também o whisky tem um passado ligado aos monges e mosteiros.

Os primeiros indícios do início da produção daquilo que viria a ser o whisky surgiram em finais do século XV, mais concretamente no ano da Graça de 1494, na Escócia. É desse ano que data a primeira evidência da existência desta bebida, sob a forma de um pedido escrito pelo rei James IV, para ter malte suficiente para fabricar um lote de garrafas de “água da vida”. “Aqua vitae” era o termo pelo qual o whisky era conhecido nos seus primórdios. A sua tradução em escocês gaélico é “Uisge Beatha”, de onde deriva a palavra whisky.

Tal como muitas vezes acontece quando se investiga a história das mais famosas bebidas alcoólicas, também o whisky tem um passado ligado aos monges e mosteiros. Numa altura em que a bebida era considerada um medicamento milagroso, cabia aos monges a quase exclusividade da destilação. O whisky era então utilizado para combater doenças como a varíola, entre outras.

Já no século XVI, quando Henrique VIII de Inglaterra mandou fechar os mosteiros e afastou os monges, a produção de whisky tornou-se uma tradição meramente caseira na Escócia. O tempo foi correndo e os processos de destilação amadores foram melhorados, até chegarem às receitas atuais que correm o mundo.

No século XIX, algumas receitas de whisky já eram comercializáveis, até porque um copo dessa bebida era considerado como parte da alimentação básica na Escócia. Nessa altura, com a colonização britânica em redor do mundo, houve uma difusão do whisky, sendo criadas outras variantes, tanto ao nível dos ingredientes, como das técnicas usadas na produção. Os Estados Unidos foram um dos alvos desta difusão e são, até hoje, um dos maiores produtores de whiskey mundiais.

Relativamente ao whiskey americano, a diferença face ao whisky escocês começa logo pela grafia, que varia consoante o local. Na Escócia, Canadá, Japão e em outras partes do mundo, a pronúncia é sem o “e”. Já nos Estados Unidos e na Irlanda, é mais comum que se pronuncie com a vogal, ou seja, whiskey.

Se na Escócia existem diferentes tipos de whisky – o Blended Scotch, de Grão e o Single Malt –, num território tão grande como o norte-americano é natural que haja versões muito díspares na produção e sabor de whiskey, como são exemplos o Bourbon e o Tennessee.

Assim, após a travessia do Oceano Atlântico, os primeiros registos do fabrico do whiskey nos Estados Unidos datam de 1866, com a primeira destilaria registada no Tennessee. Este ato pioneiro no continente americano pertenceu a Jasper Newton Daniel, mais conhecido como Jack Daniel’s, que assim apresentava ao mundo, pela primeira vez, o seu famoso whiskey amadurecido em carvão.

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