11 de Setembro. 5 exemplos que provam como os EUA mudaram para sempre

Um evento trágico que modificou de forma irreparável a “american way of life”

O dia 11 de Setembro de 2001 marcará para sempre um ponto de inflexão na história dos Estados Unidos da América. Existe um “antes e depois” inevitável que assinala bem as transformações e consequências que este terrível ataque terrorista teve para os EUA e para o mundo.

Quase 3 000 pessoas morreram neste dia em que dois aviões comerciais embateram contra as Torres Gémeas em Nova Iorque. Um terceiro avião atingiu o Pentágono. Este foi o maior ataque conduzido por uma nação estrangeira em solo americano.

O choque e o horror provocados por este evento deixaram marcas. Durante meses o povo americano procurou recuperar emocionalmente, sendo que até aos dias de hoje existem ainda “feridas por sarar”.

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Motivado pela raiva e pelo medo, o governo americano decretou nas semanas e meses seguintes ao 11 de Setembro um conjunto de medidas que viriam a mudar para sempre este país. A criação de um Departamento de Segurança Interna, as restrições à imigração e às alterações às regras para voos comerciais são apenas alguns dos exemplos mais marcantes.

Eis 5 formas que explicam bem como a América mudou para sempre, após o 11 de Setembro, explicadas por Dave Ross do portal online History.

 

  1. A guerra contra o terrorismo começou

Quando no dia 20/11, o então presidente George W. Bush discursou perante o Congresso e anunciou uma vasta resposta militar. Não iriam apenas procurar destruir uma qualquer base militar ou campo de recrutamento, iriam sim lançar uma vasta ação armada com o objetivo de destruir totalmente não apenas al Qaeda, como qualquer outro grupo terrorista com escala global.

Rapidamente as tropas americanas invadiram o Afeganistão. Esta viria a tornar-se a campanha militar mais longa da história dos EUA. Durante esses anos milhares de soldados americano perderam as suas vidas, na tentativa de destruir todas as células terroristas da região.

  1. Turismo aéreo foi transformado

Um dos aspetos mais perturbadores do ataque terrorista de 11 de Setembro foi sem dúvida a facilidade com que 19 membros da al Qaeda conseguiram entrar abordo de aviões comerciais – e dos respetivos cockpits – com armas. Esta situação evidenciou o total falhanço das forças de segurança e a falta de controlo dos sistemas dos aeroportos.

A partir deste momento trágico tudo mudou. Pode parecer agora estranho refletir sobre a forma relaxada como as viagens aéreas eram realizadas no passado. A verdade é que até ao 11 de Setembro, os passageiros não eram sequer obrigados a ter um talão de embarque para circular pelo aeroporto, não tinham que esperar nas portas de embarque, podiam viajar com uma série de artigos e líquidos perigosos, etc. Muitas vezes nem era necessário mostrar identificação ou revistar a bagagem.

Uma agência federal para a segurança nos transportes (TSA) foi criada com o objetivo de decretar um conjunto de regras e guidelines de segurança que passaram a ser obrigatórias. O controlo a que somos sujeitos agora sempre que viajamos de avião teve a sua origem neste ataque terrorista.

  1. A violência contra os muçulmanos aumentou

Apenas quatro dias após o 11 de Setembro um atirador em Mesa, Arizona disparou e matou um dono de uma estação de serviço com origem indiana e conduziu uma série de outros disparos ao longo dessa noite.

Apesar de as autoridades terem procurado afirmar que o Islão era uma religião pacífica, cujos ensinamento tinham sido mal interpretados por um conjunto de organizações terroristas, a verdade é que se gerou um ódio generalizado contra qualquer pessoa com aparência muçulmana. A partir de 2001 o número de ataques a cidadãos muçulmanos aumentou consideravelmente.

  1. O reforço da vigilância

O “Patriot Act” foi aprovado apenas 6 semanas após o 11 de Setembro. Este controverso documento passou a autorizar um reforço dos instrumentos de vigilância, quebrando as antigas leis que visavam proteger a privacidade e os direitos dos cidadãos.

O medo de que um novo ataque pudesse voltar a acontecer e o receio de que existissem células terroristas em solo americano, levou a que o Congresso autorizasse o reforço dos poderes do FBI e da NSA, oferecendo-lhes novas capacidades e instrumentos para recolher dados e partilhar informação. Desde então estas Agências têm uma enorme facilidade em revistar casas, realizar escutas ou ter acesso ao historial de internet dos cidadãos sem necessidade de apresentar grandes justificações.

  1. Os EUA tornaram-se num país mais seguro, mas diferente.

Desde o 11 de Setembro que não voltou a existir nenhum ataque terrorista de grande-escala em solo americano. No entanto diversos ataques e tiroteio domésticos, levados a cabo por cidadãos americanos (inspirados nos modelos jihadistas) tornaram-se mais comuns.

O facto de, desde então, não ter existido um novo ataque terrorista como o 11 de Setembro certamente poderia ter parecido improvável em 2001. Teria parecido demasiadamente otimista ou até ingénuo. A verdade é que as medidas segurança instaladas parecem ter funcionado e desencorajado quaisquer outro tipo de ataques estrangeiros em solo americano. No entanto, ao longo deste processo, o “tecido” da vida americana alterou-se para todo o sempre, com consequências sociais ainda pouco claras.

 

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