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5 coisas que vai querer (mesmo) relembrar antes de ver o novo documentário sobre Michael Jordan

Disponível desde ontem na Netflix, este documentário de 10 partes irá recordar a fase final da carreira de um dos maiores desportistas de todos os tempos

21 Abril 2020
Forever Young

O documentário “The Last Dance”, da ESPN, carrega tantas narrativas que escolher uma delas é quase impossível. A série de 10 partes, que estreou no passado domingo nos EUA e que chegou ontem a Portugal, via Netflix, narra os acontecimentos que marcaram a temporada final de Michael Jordan com os Chicago Bulls, através de várias entrevistas e com uma abordagem “crua” sem precedentes.

Tal como revela a Newsweek, o realizador Jason Hehir, teve acesso a aproximadamente 10.000 horas de imagens praticamente inéditas que mais tarde condensou em dez episódios de 60 minutos, que prometem levar os espectadores aos bastidores de uma das dinastias mais bem-sucedidas da história do desporto.

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Sendo certo que muitos dos destaques das partidas, os registos estatísticos e os melhores momentos da carreira de Michael Jordan estão à distância de um clique, a verdade é que muitos dos aspetos que caracterizam esta última temporada são algo obscuros e desconhecidos, até por parte dos maiores fãs.

Eis 5 coisas para refrescar sua memória antes de ligar a Netflix e começar a ver o primeiro episódio logo à noite.

 

  1. Esta é a segunda dinastia dos Bulls em menos de 10 anos

Nos anos 90 os Bulls foram uma real dinastia. Não só conseguiram obter um enorme sucesso desportivo, mas conseguiram também transcender o próprio desporto em si. Após três títulos consecutivos entre 1991 e 1993, Jordan decidiu reformar-se e, como tal, o capítulo glorioso da dinastia dos Bulls parecia assim ter chegado ao fim.

No entanto o norte-americano iria regressar em 1995 e um ano mais tarde reclamaria de novo o seu título de campeão da NBA. Os dois anos seguintes voltariam a ser um tremendo sucesso e Jordan conseguia assim criar um dos maiores regressos desportivos de todos os tempos.

  1. Fora do campo a situação era tensa

Enquanto os Bulls mantinham uma fachada perfeita dentro do campo, o “prédio” começava a desmoronar-se nos bastidores.

Chicago começou a temporada 1997-98 com Michael Jordan, Dennis Rodman e o treinador Phil Jackson, todos com contrato de um ano e com Scottie Pippen fora após uma cirurgia e claramente descontente com o diretor-geral Jerry Krause.

Krause deixou também claro que não se importava que Phil Jackson saísse no final da temporada, apesar de Jordan ter afirmado que nunca jogaria com outro treinador. Tudo isso contribuiu para criar um ambiente tenso, que Jordan descreveu como “um ano difícil”, apesar de no final ter terminado com mais um título.

  1. A última temporada de Phill Jackson “ao comando”

A temporada de 1997-98 não foi apenas a última temporada de Michael Jackson, mas foi também o último ano de Jackson como treinador dos Bulls. Esta situação acabou inclusive por ser crucial para convencer Jordan de que estava mesmo na altura de abandonar a equipa.

Tendo conquistado cinco títulos da NBA em oito temporadas em Chicago, o homem conhecido como “Zen Master” perdeu a calma após escutar os comentários do diretor-geral Krause, que desvalorizavam por completo o papel do treinador e dos jogadores para o sucesso dos Bulls.

  1. Scottie Pippen não estava feliz

Pippen ganhou cinco títulos da NBA ao lado de Jordan e Jackson, mas estava longe de ser um homem feliz no início da temporada 1997-98.

Antes de tudo começar, teve que passar por uma cirurgia no pé esquerdo na pré-temporada, o que significou que perdeu os 35 primeiros jogos da temporada – uma situação incomum para um jogador que havia perdido apenas 19 jogos nas nove temporadas anteriores combinadas – e não voltou até janeiro.

O momento da cirurgia – Pippen esperou até o campo de treinamento se submeter ao procedimento – irritou Jordan e alguns de seus colegas de equipa. Michael sentia-se particularmente infeliz por ter que carregar uma “carga” ainda mais pesada que o normal, e como tal criou-se uma enorme animosidade entre ele e Pippen.

  1. O papel de Toni Kukoc

Uma das fontes do descontentamento de Pippen foi o crescente papel de Toni Kukoc. O croata foi selecionado pelos Bulls na segunda ronda do draft da NBA de 1990, tendo o diretor-geral Krause passado vários anos a convencê-lo a mudar-se para a NBA.

Quando Kukoc se deparou com Pippen e Jordan nas Olimpíadas de 1992, as boas-vindas estavam longe de ser calorosas. “Krause estava a recrutar este rapaz e a falar sobre como ele era ótimo”, disse Jordan no documentário “The Dream Team. “É como um pai que tem vários filhos, mas agora conhece um outro miúdo de quem gosta bem mais do que os seus próprios filhos. Portanto, não estávamos a jogar contra Toni Kukoc. Jogámos sim contra Jerry Krause num uniforme da Croácia”, revelou Jordan.

 

[Leia também: Estes são os melhores espetáculos de comédia stand-up disponíveis na Netflix]

 

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