Um estudo realizado em 2021 mostrou que pacientes recém-diagnosticados com Parkinson que têm sonhos recorrentes com conteúdo «agressivo ou repleto de ação» apresentam uma progressão mais rápida da doença de Parkinson nos anos seguintes ao diagnóstico, em comparação com aqueles que não têm sonhos agressivos.
Desta forma a investigação sugere que «os sonhos das pessoas com Parkinson podem prever desdobramentos futuros de saúde».
Mas será que os sonhos das pessoas que não têm Parkinson também podem prever resultados futuros de saúde?
O neurologista Abidemi Otaiku defende que sim.
No seu mais recente estudo, o especialista mostrou que «o desenvolvimento de pesadelos ou sonhos maus frequentes numa idade mais avançada pode ser um sinal de alerta precoce da doença de Parkinson iminente em pessoas até então saudáveis».
Para essa conclusão, foram analisados «dados de um grande estudo americano que continha dados recolhidos durante mais de 12 anos de 3.818 homens mais velhos que viviam de forma independente», esclarece, «no início do estudo preencheram uma série de questionários — um deles incluía uma pergunta sobre pesadelos».
Os participantes que «relataram ter pesadelos pelo menos uma vez por semana foram acompanhados no final do estudo durante mais sete anos para ver se eram mais propensos a serem diagnosticados com Parkinson, e 91 pessoas foram diagnosticadas com a doença».
O médico refere que «aqueles que relataram ter pesadelos frequentes no início do estudo eram duas vezes mais propensos a desenvolver Parkinson em comparação com aqueles que tinham pesadelos menos de uma vez por semana.