Analisando alguns dos dados mais relevantes sobre a evolução da mobilidade elétrica ao longo de 2022, a MOBI.E prevê algumas das possíveis tendências desta área já para o próximo ano.
Alargamento da infraestrutura de carregamento: neste momento, a rede Mobi.E de acesso público, infraestrutura nacional de carregamento de veículos elétricos, disponibiliza mais de 2.900 postos de carregamento. Comparando com o período homólogo de 2021, regista-se, em 2022, um crescimento de 47% no número de postos de acesso público utilizados. A rede Mobi.E tem já uma cobertura geográfica da totalidade dos 308 municípios, incluindo as regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, prevendo-se que o ritmo de crescimento dos postos de acesso público continue a aumentar em 2023.
Aumento do número de carregamentos: ao longo de 2022, a Mobi.E registou o crescimento mensal do número de carregamentos na rede, que, em outubro. se fixaram em mais de 235 mil. O crescimento exponencial tem sido verificado de forma consistente ao longo dos últimos meses, prevendo-se que continue no próximo ano, a par com o aumento da infraestrutura de carregamento disponível.
Mais vendas de carros eletricos: segundo dados recentes da ACAP1, em outubro, cerca de 40% das matrículas de automóveis ligeiros de passageiros no país correspondiam a um veículo eletrificado. Desde o início do ano, nos veículos ligeiros, houve um crescimento de 11,7% dos híbridos elétricos a gasolina (HEV), 9,8% dos elétricos (BEV) e 8% dos híbridos plug-in a gasolina (PHEV). Na visão da MOBI.E, esta tendência irá acentuar-se em 2023, com muitos fabricantes de automóveis a apostar cada vez mais em modelos eletrificados.
Continuação dos apoios governamentais: notícias recentes sobre o Orçamento de Estado2 para 2023 indicam que o Governo irá prolongar o programa de incentivos para a compra de veículos sem emissões, um fator favorável para particulares e empresas considerarem a opção da mobilidade elétrica. Uma das medidas deverá ser, por exemplo, a diminução da tributação de alguns modelos. No caso das empresas, deverá ser introduzida a tributação autónoma, com uma taxa de 10%, aos veículos movidos exclusivamente a energia elétrica com valor igual ou superior a 62.500€.
Mais frotas empresariais elétricas: os diversos incentivos à mobilidade elétrica, nomeadamente os que são dirigidos às empresas, poderão levar um maior número de entidades e organizações a optar por este tipo de mobilidade nas suas frotas, não só do ponto de vista ecológico e ambiental, algo que está cada vez mais na estratégia das empresas, mas também do ponto de vista da economia e da eficiência.