O Felizes.pt, site português de encontros, mostra que é possível encontrar o amor depois dos 50 anos. Conta já com mais de 100 mil utilizadores inscritos na plataforma dentro desta faixa etária e vários casos de sucesso.
“Há uns anos seria uma opção praticamente impossível. Nas gerações anteriores nada estava à frente da família e se o casamento por acaso não desse certo ou a pessoa enviuvasse, em vez de de começar algo novo, era preferível dar por concluída essa fase da vida e dedicar-se aos filhos e
netos. Hoje em dia, a mentalidade é diferente e a abertura para ir em direção ao desconhecido é cada vez maior”, comenta Rui Sousa, fundador do Felizes.pt.
A ajudar nas estatísticas da procura de amor através da Internet estão os números de aumento de divórcios nas faixas etárias mais velhas. A American Association of Retired Persons, que se dedica à investigação de pessoas com mais de 50 anos, levou a cabo o estudo “The Divorce Experience: A Study of Divorce at Midlife and Beyond” onde foi possível concluir que 66% das mulheres inquiridas tinham iniciado o divórcio, contra 41% dos homens, sendo que 73% dos participantes na pesquisa divorciaram-se entre os 40 e os 49 anos, 22% entre os 50 e os 59 e 4% com 60 anos ou mais.
Já em Portugal, no Censos 2021, a categoria de estado civil “divorciado” foi assinalada por 8,0% dos residentes em Portugal, um aumento de dois pontos percentuais relativamente aos Censos anteriores. Portugal continua a ter uma população maioritariamente solteira, onde se registaram
43,4%. Os casados, com 41,1 %, estão a perder terreno para os divorciados. Há mais homens solteiros do que mulheres e, em média, os homens casam mais tarde, com 35 anos, já as mulheres aos 33 anos.
Estar apaixonado não é, nem deve ser, um privilégio apenas dos jovens casais. Segundo vários testemunhos, a experiência de se apaixonar numa idade avançada, proporciona muitos benefícios, desde melhorias na autoestima e da depressão ao surgimento de perspetivas futuras até então desconhecidas.