Os investigadores tentam há décadas encontrar todos os detalhes que englobam o complexo funcionamento do organismo humano. Para isso, existem três pilares fundamentais utilizados até hoje: o proteoma, o genoma e a microbiota.
O genoma é a parte do corpo que tem as informações do ADN de uma pessoa. O proteoma é o conjunto das proteínas que o código genético fabrica numa pessoa. A microbiota é o ecossistema de microrganismos que vivem dentro de cada ser humano e que são essenciais para a vida.
Contudo, estes fatores parecem não ser únicos e decisivos para solucionar o cancro.
Vários investigadores já começam a utilizar uma nova rede de informações do organismo humano: uma rede biolétrica apelidada de “electroma”.
«Assim como os sinais elétricos sustentam as redes de comunicação do mundo, estamos a descobrir que eles fazem o mesmo no nosso corpo: a bioeletricidade é a forma como as nossas células comunicam entre si», diz um artigo recente da especialista Sally Adee, autora da obra We Are Electric, de 2023.
De acordo com Sally Adee, o electroma é fundamental para entender o funcionamento do corpo humano. Quando há alguma inconsistência, Sally diz que é se torna fundamental «consertá-lo quando houver algo de errado, seja por trauma, defeitos de nascimento ou cancro».
Segundo ela, «o electroma seria uma ampla rede de bioeletricidade presente no corpo dos animais e das plantas. Elementos minerais, como sódio, potássio, magnésio e outros passam por reações químicas que separam íons de seus átomos. Trata-se de partículas eletricamente carregadas e que geram energias quando atuam dentro do organismo humano».
«A corrente elétrica é pequena e gera aproximadamente 70 milivolts. Uma desordem ou reorganização desse sistema pode afetar na eliminação ou no surgimento de células “defeituosas”, as quais dão origem ao cancro».