A cirurgia, de apenas meia hora, pode ajudar as mulheres a evitarem condições de saúde crónicas que lhes tiram qualidade de vida, como é o caso da osteoporose. Este procedimento revolucionário é liderado pelo pioneiro da fertilização in vitro, Simon Fishel.
Esta inovação no campo da medicina, que chegou agora ao conhecimento público, pode transformar a vida de milhares de mulheres. De acordo com o Sunday Times, este envolve o congelamento do tecido dos ovários, uma prática que vai “enganar” os relógios biológicos.
Para milhões de mulheres, este progresso médico, que pode adiar a menopausa até 20 anos, é a resposta a um desejo de retardar sintomas físicos e emocionais, como ondas de calor, suores noturnos, problemas de memória, alterações de humor e ansiedade.
Além de que, com este avanço médico, as mulheres podem também estender sua fertilidade. No entanto, os médicos insistem que o objetivo desta inovação é apenas o de adiar a menopausa.
Em declarações ao Sunday Times, o diretor médico da empresa responsável (ProFaM) pelos primeiros testes, Yousri Afifi, congratulou-se com o facto de este ser «o primeiro projeto no mundo a fornecer criopreservação» de tecidos dos ovários de mulheres saudáveis, «apenas para retardar a menopausa».
Como funciona esta técnica revolucionária
Após a cirurgia, que remove um pedaço de um dos ovários, o tecido é então congelado a -150° C e preservado num banco de gelo até que as mulheres atinjam a menopausa. Em seguida, o tecido é descongelado e transplantado, para estimular as suas hormonas naturais, o que vai retardar a menopausa.
Até ao momento, nove mulheres britânicas já foram operadas nessa empresa cofundada por Simon Fishel. Com 66 anos, o pioneiro da fertilização in vitro, – cujo trabalho levou ao nascimento de Natalie Brown, irmã do primeiro bebé de proveta Louise Brown -, faz notar que «as mulheres estão a viver mais do que em qualquer outro momento da história da humanidade».
Como tal, o médico defende que é cada vez mais natural, com os muitos avanços científicos na medicina moderna, que queiramos «o controlo da nossa própria saúde». Assim, Fishel sublinha a importância deste novo procedimento, pois existe uma «grande probabilidade de as mulheres estarem na menopausa mais tempo do que no seu período fértil».