Sabe qual o impacto ambiental da morte humana? O composto humano pode ser a solução

Em Washington, nos EUA, esta solução baseada na hidrólise alcalina foi já legalizada.

Uma alternativa ao tradicional enterro ou cremação? Sim, existe e parece ser a opção mais ecológica na altura de decidir, após a morte, o que fazer com um corpo humano.

A compostagem humana é um processo de decomposição acelerada que transforma os restos mortais em fertilizante orgânico composto. Este processo natural poderá reduzir fortemente as emissões de dióxido carbono causadas pela cremação. Não necessita igualmente de ocupar tanto espaço do solo como a tradicional opção de enterro “obriga”.

No início deste ano, Washighton tornou-se o primeiro estado a legalizar esta solução, sendo que outros países como a Bélgica já se encontram também a testar este método. Segundo os defensores da compostagem humana, se todos os habitantes de Washighton optassem por esta solução nos próximos 10 anos, então isso iria significar uma tremenda poupança de energia, semelhante ao que é hoje necessário para manter 54 000 casas durante um ano.

Segundo noticiado pelo New York Times, a igreja Católica declarou na altura ser completamente contra a legalização deste processo alternativo, explicando que esta opção vai diretamente contra a “doutrina da igreja”. O argumento, segundo um alto representante católico do estado de Washington, é que a compostagem humana não demonstra respeito suficiente pelo corpo do falecido.

Apesar desta oposição existem inúmeros apoiantes desta mediada alternativa, sobretudo junto de todos aqueles que cada vez mais têm uma maior preocupação pela sustentabilidade e proteção ambiental. Para muitos esta poderá ser mesmo a única forma de morrerem respeitando o código de conduta e os valores que seguiram ao longo de toda uma vida, baseados no desejo de manter e proteger os recursos naturais do nosso planeta.