A presbiopia é uma situação que afeta cada vez mais portugueses. Essa condição e outras doenças motivadas pelo envelhecimento do sistema visual vão ser assunto de destaque no 61º Congresso Português de Oftalmologia, que começa hoje e se prolonga até 8 de dezembro, em Vilamoura.
O médico oftalmologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), Pedro Faria, esclarece que a presbiopia é um «natural resultado do avanço da idade no nosso campo visual», caracterizada por «uma incapacidade gradual de ver ao perto, que necessita, geralmente, de uma correção ótica».
O facto de os óculos não serem opção para a maior parte das pessoas tem originado o surgimento de algumas alternativas cirúrgicas, mais atraentes para o público em geral.
Pedro Faria alerta, contudo, para a importância dos diagnósticos precoces, pois mesmo neste tipo de doenças progressivas, quanto mais tarde for o seu diagnóstico «maior interferência negativa têm na vida social e pessoal dos doentes», além de serem necessários mais recursos económicos na sua terapia. Daí que o melhor seja mesmo manter «regularizadas as consultas com o oftalmologista», sugere o especialista dos HUC.
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) colocou, na agenda do 61º Congresso, o envelhecimento do sistema visual como tema e algumas das suas consequências, como subtemas a que vai dar especial atenção. A presbiopia, como é um desses tópicos, também vai ser discutida em Vilamoura.
O envelhecimento da população, que se tem verificado nos países desenvolvidos, nos quais está Portugal, estabeleceu uma natural relação causa-efeito com o aumento dos casos de doenças oculares frequentes em idades avançadas. Entre estas doenças estão as cataratas, a retinopatia diabética, a Degenerescência Macular relacionada com a Idade (DMI) ou o glaucoma. Estas duas últimas também vão ser subtemas abordados no congresso que começa hoje.
Consulte aqui mais informações sobre o programa do 61º Congresso da SPO.