“A Arte Chegou ao Colombo” inaugurou “REGENER’ART”, uma inusitada exposição de caracóis gigantes, que pretende estimular o debate sobre a importância e o impacto ambiental da regeneração do plástico. Pela primeira vez em Portugal, a mostra de 126 caracóis de variados tamanhos espalhados pela Praça Central do Colombo, bem como em duas estações ferroviárias de Lisboa, está disponível até 3 de setembro e é de entrada gratuita, assinalando a 13.ª edição do projeto pioneiro do Colombo que contribui para a democratização da cultura.
Nos próximos meses, será impossível ficar indiferente à Praça Central do Colombo, já que este espaço contempla agora dezenas de caracóis de diferentes tamanhos e cores, desde o fúscia ao amarelo, numa instalação de arte imersiva que inclui as suas 16 colunas, criando um efeito 360° único. O caracol surge como símbolo do renascimento, da regeneração e da melhoria da vida, sendo um dos animais mais significativos para os seus criadores, o coletivo artístico Cracking Art, numa analogia direta com o tema da exposição.
Para a mostra, são usados 80 caracóis pequenos (240 quilos), 40 médios (400 quilos) e 6 grandes (680 quilos), criados através de rotomoldagem, o sistema de produção onde o pó plástico adere às paredes do molde por rotação. Este sistema permite não só criar obras em grande escala com uma menor quantidade de material, como um menor consumo de energia e desperdício mínimo no processamento que pode ser reutilizado. Neste caso, os 126 caracóis da exposição “REGENER’ART”, que conta com a curadoria e produção executiva da State of the Art (SOTA), representam um total de 1300 quilos, dos quais até 520 são plástico regenerado.
Numa extensão da exposição e, em parceria com as Infraestruturas de Portugal, servindo de convite à exposição e sensibilização para o tema, são também apresentadas duas esculturas de grandes dimensões nas entradas das estações ferroviárias do Rossio e de Roma-Areeiro, em Lisboa.
“As exposições promovidas pela ‘A Arte Chegou ao Colombo’, o projeto pioneiro do centro que nasceu da vontade de divulgar, promover e democratizar a interação com a arte de forma gratuita e acessível a todos, já foram visitadas por mais de 1.4 milhões de pessoas ao longo destes mais de 10 anos. Nesta edição, além de proporcionarmos uma experiência cultural que está pela primeira vez em Portugal a todos os nossos visitantes, sensibilizamos de uma forma inesperada para uma das principais preocupações atuais: a sustentabilidade — que é um foco do Colombo desde a sua génese”, refere Paulo Gomes, diretor do Centro Colombo.
Mundialmente conhecido, o coletivo artístico Cracking Art, que celebra este ano o seu 30.º aniversário, já realizou mais de 500 das suas instalações de arte um pouco por todo o mundo, como a Bienal de Arte de Veneza, os Museus Reais de Turim, o Duomo de Milão e o Palácio Reggia di Caserta, na Itália; o HangangArtPark, na Coreia de Sul; ou o Festival Hecho en Casa, em Santiago de Chile; entre outros. Além disso, as suas obras estão representadas em alguns dos museus e coleções de arte mais reconhecidos a nível internacional, como o Museu Kampa (em Praga), o Heydar Aliyev Center projetado por Zaha Hadid em Baku (Azerbaijão) ou o Indianapolis Museum of Modern Art (Estados Unidos da América).