O professor Attila Lorincz, da universidade londrina Queen Mary, responsável pelo estudo realizado em 1988 e que ajudou a desenvolver o primeiro teste capaz de detetar o vírus do papiloma humano (VPH), classificou esta descoberta como sendo «um desenvolvimento enorme».
Esta avaliação deve-se, sobretudo, à eficácia do novo teste no diagnóstico destes cancros, além do mesmo ser mais económico, alvitram os especialistas.
Lorincz, doutorado em genética na Universidade de Dublin, Irlanda, manifestou-se «surpreendido pela forma como este teste deteta o cancro do útero», além de ver reconhecido de forma inovadora, o papel fundamental no desenvolvimento da doença, «das mudanças epigenéticas, usando apenas os dados dos pacientes», rejubilou.
O novo exame é «tão efetivo e promissor» pois, ao contrário do exame do “papanicolau”, – teste pioneiro na deteção do cancro do útero -, consegue traçar o perfil epigenético, através da análise dos marcadores químicos que se encontram no ADN.
Enquanto o teste do Papanicolau consegue detetar a presença de cerca de 50 por cento das células pré-cancerígenas no útero, durante o rastreio experimental este novo teste despistou, até ao momento, com 100 por cento de precisão, os tumores no útero que surgiram em 15,744 mulheres.