Segundo os ‘media’, que citam fontes familiares, o artista morreu de insuficiência cardíaca na segunda-feira e teve um funeral privado.
Nascido Masakazu Ueshima, em Yokosuka (a sul de Tóquio), em 1949, o bailarino fundou a companhia Sankai Juku em 1975.
Com a sua companhia, Amagatsu tornou-se uma das principais figuras da segunda geração de “butô”, a “dança das trevas” nascida no Japão do pós-guerra, quando o país tentava recuperar da sua derrota na Segunda Guerra Mundial após os bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasaki.
Com formação em dança clássica e contemporânea, Amagatsu foi diretor, coreógrafo, designer e bailarino da companhia e definiu o seu estilo como “um diálogo com a gravidade”.
A Sankai Juku estabeleceu a sua base de operações no Théâtre de la Villa, em Paris, em 1982, e desde então tem percorrido o mundo, atuando em cerca de cinquenta países e apresentando novas produções de dois em dois anos.
Entre os prémios que recebeu ao longo da sua carreira contam-se a condecoração com a Ordem de Chevalier des Arts et des Lettres de França, em 1992, e o prémio britânico Laurence Olivier para a melhor produção de dança, em 2002, por “Hibiki”.
No seu país natal, o Ministério da Educação, Cultura e Ciência atribuiu-lhe o Prémio de Promoção da Arte Geijutsu Sensho 2004 pelas suas contribuições notáveis para a dança contemporânea.
Amagatsu continuou a trabalhar como coreógrafo e diretor de companhia depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro da hipofaringe em 2017.
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