Descoberta pelo cientista escocês, Alexander Fleming, em 1928, a penicilina só começou a ser utilizada como medicamento em 1942. É usualmente utilizada para curar infeções bacterianas, desde a pneumonia até às mais comuns conjuntivites e otites. Calcula-se que 200 milhões de pessoas já se tenham curado de doenças graças a este antibiótico.
Apesar da sua utilização generalizada, muitas pessoas acreditam que são alérgicas à penicilina. Mas quão comum é ter alergia à penicilina? E quais são os sintomas?
A Clínica Mayo descreve a alergia à penicilina como «uma reação anormal do sistema imunológico à medicação antibiótica, muito utilizada no combate a todo o tipo de infeções».
Aqui está tudo que você precisa saber.
Os sintomas
Os médicos explicam que é muito comum os efeitos colaterais dos antibióticos serem confundidos com reações alérgicas. E, habitualmente, os sintomas de uma alergia à penicilina aparecem no espaço de uma hora após ter tomado o medicamento. Deve ter em atenção alguns sinais , nomeadamente:
– Os sintomas leves de uma alergia à penicilina podem incluir o «desenvolvimento de uma erupção cutânea, urticária, coceira, corrimento nasal, falta de ar e olhos lacrimejantes», refere a Clínica Mayo.
– Em casos raros, uma pessoa com alergia à penicilina pode sofrer anafilaxia, uma reação alérgica grave que pode ter efeito extremamente rápido. Neste caso, irá precisar de atenção médica imediata.
– Os sintomas de uma reação alérgica grave podem incluir inchaço na garganta ou boca, uma alteração no ritmo cardíaco de uma pessoa, dor abdominal e inconsciência.
Quão comum é uma alergia à penicilina?
Cerca de um em cada 10 pacientes acredita ser alérgico à penicilina.
Todavia, a Academia Americana de Alergia Asma e Imunologia (AAAAI) admite que «a maioria dos pacientes (cerca de 90%) pode não ser verdadeiramente alérgico porque não foram submetidos a um teste cutâneo». Esta conclusão resultou de um estudo científico, apresentado em 2014, no Encontro Científico Anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia.
O conhecimento desta alergia tem uma importância significativa nas prescrições médicas de antibióticos e no cenário de pré-cirurgia para afastar a possibilidade do paciente contrair uma infeção numa altura de vulnerabilidade do seu corpo.
Como tratar?
A solução mais fácil para tratar uma alergia à penicilina é evitar completamente o antibiótico.
Porém, se já tomou o medicamento e está a sofrer uma reação alérgica, o seu médico pode receitar um anti-histamínico para combater os efeitos.
Se tiver uma reação grave, precisará de cuidados médicos imediatos.