Quem o pratica destaca inúmeros benefícios, como o aumento da flexibilidade, a ativação dos músculos do tronco e a melhoria da estabilidade pélvica e lombar, o que contribui para uma melhor postura e para o alívio das dores de costas.
Em termos gerais, o Pilates está associado a uma melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar, mas quais as origens desta atividade que está a atrair tantas pessoas de todas as idades?
O Pilates não pode ser descrito como um desporto, sendo antes um “método” desenvolvido pelo farmacêutico Joseph Pilates (1883-1967) para seu próprio usufruto, com influências do Yoga, das artes marciais e da meditação. Durante a infância, Pilates sofreu de várias patologias, como raquitismo, asma e febre reumática. Ao chegar à adolescência, consciente de que muito provavelmente o seu futuro passaria por uma cadeira de rodas, começou a interessar-se pelo estudo da anatomia e fisiologia humana, segundo os fundamentos da medicina oriental.
Obstinado no seu objetivo de melhorar a sua condição física e ter uma vida normal, Pilates desenvolveu perto de 500 exercícios que o ajudaram a viver mais (até aos 83 anos) e com saúde. Além dos exercícios, Pilates criou também os seus próprios equipamentos e um método para superar as suas limitações físicas, que foi de tal forma eficaz que Pilates tornou-se ginasta e mergulhador.
Este método viria a ganhar popularidade a partir dos anos 20 do século passado, quando Pilates se mudou para Nova Iorque e abriu um estúdio para divulgar os seus exercícios. Um aspeto a ter em atenção é que o Método Pilates não se centrava num padrão de treino global, mas na adaptação dos diferentes exercícios a cada indivíduo. Através de princípios que o orientam, tais como a concentração, a centralização, o controlo, a respiração, a precisão e a fluidez do movimento, o método caracteriza-se por ser abrangente e aplicável a pessoas de todas as idades, sejam elas sedentárias, com patologias, ou até atletas de elite.
Para todas as idades
O Pilates pode ser praticado por pessoas de todas as idades, não exigindo pré-requisitos de maior. Quando se começa tudo é novo, pelo que este método não requer nenhuma habilidade em particular. Requer, sim, vontade de melhorar a sua condição física, independentemente da idade que tiver.
António Craveiro, professor de Pilates, lembra que «Joseph Pilates chamava a atenção para o facto de não ser a idade biológica o que determina a idade do indivíduo, mas sim a sua flexibilidade e força. É através desta dualidade que se pode caracterizar o Método Pilates: 50% de flexibilidade, versus 50% de força». Não esquecendo que a parte mais importante do Pilates é o controlo, «pois a intervenção de uma mente consciente torna-se fundamental neste método».
Apesar de não existir uma idade ideal ou limite para praticar Pilates, existem vários benefícios inerentes que deverão agradar bastante à população com mais de 50 anos, dado que fortalece os músculos das costas e, assim, evita contraturas. Do mesmo modo, trata-se de um excelente exercício de fisioterapia para quem tem algum problema de ordem física. Além de melhorar o corpo, o Pilates ajuda também a equilibrar a mente.
«Não é por acaso que o método Pilates é conhecido como sendo uma prática física completa», refere António Craveiro. «É uma atividade física que proporciona os mais diversos tipos de benefícios, para qualquer faixa etária, e vai de encontro aos objetivos individuais das pessoas que procuram esta prática universalmente reconhecida.»