A disfunção erétil corresponde à incapacidade de ter uma ereção que permita uma atividade sexual satisfatória. Trata-se de um problema que é mais comum em pessoas mais velhas. Apesar de ser uma doença benigna, tem um grande impacto na vida sexual do doente que pode ter bastantes repercussões psicológicas. Muitas pessoas sentem receio e vergonha em dizer ao seu próprio médico. Contudo, na maioria dos casos a disfunção erétil é tratável. Esta resulta numa diminuição importante da qualidade de vida do doente e da(o) sua(eu) companheira(o).
Alguns estudos estimam que em Portugal, a disfunção erétil atinja cerca de meio milhão de homens: 50% dos homens entre os 40 e os 70 anos podem apresentar algum
grau de disfunção erétil, podendo, essa percentagem, atingir os 85% acima dos 75 anos de idade.
Os sinais a que se deve estar atento são, acima de tudo, a dificuldade na penetração, a diminuição do desejo sexual e as alterações da qualidade da ereção. Estes sinais podem até manifestar-se de forma progressiva, mas também de forma espontânea. A duração, as situações em que ocorre e quando ocorre podem ser dados importantes para perceber se a causa é psicológica, física ou ambas.
Os principais sintomas de disfunção erétil são a ejaculação rápida ou precoce, a dificuldade para ter ou manter uma ereção, uma ereção por vezes menos intensa, em que existe uma maior necessidade de concentração e tempo para a conseguir e diminuição do desejo de ter relações sexuais.
Embora seja considerada normal com o envelhecimento, um homem com disfunção erétil deve procurar ajuda.
Existem muitos fatores que podem contribuir para a disfunção erétil nos homens. Ou seja, o fator psicológico existe, mas também resulta quase sempre de uma origem física e hormonal, como uma doença crónica ou um efeito secundário de um tratamento que se possa estar a fazer no momento, devido a outras doenças associadas ao doente, como a doença coronária diabetes, obesidade e hipertensão arterial.
Dentro das causas psicológicas estão a depressão, ansiedade, stress, perturbações no sono, dificuldades no relacionamento conjugal, etc. Outros fatores importantes são o tabagismo, o alcoolismo, e até alguma medicação que possa ter esses efeitos secundários como por exemplo para o tratamento do cancro da próstata, antidepressivos, doenças neurológicas (como a doença de Parkinson e esclerose múltipla), distúrbios hormonais e traumatismos pélvicos. O controlo desses fatores de risco podem ser a chave para a prevenção, por meio de mudanças no estilo de vida, como praticar atividades físicas e uma alimentação adequada.
Outra chave para a prevenção é falar sobre o assunto e perceber que falar sobre o tema pode trazer vergonha e muito receio aos pacientes no momento de pedir ajuda.
Como já referido, na maioria dos casos é possível tratar e aliviar a disfunção erétil. O tratamento adequado dependerá, obviamente, das causas e da sua gravidade.
Existem medicamentos, que devem ser sempre prescritos pelo profissional de saúde, pois cada caso é um caso, e podem haver outras doenças associadas ao paciente, e que ajudam a irrigação peniana.
Outras alternativas são tratamentos hormonais e o recurso a bombas de vácuo que favorecem a ereção, ou até implantes penianos. O aconselhamento psicológico e a terapia sexual podem ser bons complementos de outras formas de tratamento da disfunção erétil, sobretudo quando existe causas psicológicas associadas.
Existem ainda tratamentos inovadores como PRP (plasma rico em plaquetas), Botox, carboxiterapia e ondas de choque, com resultados muito eficazes e sendo minimamente invasivos.