Todos conhecemos já em pormenor os efeitos severos que a Covid-19 pode ter no nosso estado de saúde e, sobretudo, para a população mais envelhecida. No entanto, o impacto que esta doença pode ter no nosso cérebro continua a ser algo pouco debatido.
Um recente relatório da Global Council on Brain Health (GCBH) evidenciou a forma como a pandemia tem afetado a saúde cerebral dos mais envelhecidos, sinalizando alguns dos problemas que merecem uma maior atenção, assim como um conjunto de dicas a seguir.
Para além de afetar os nossos pulmões, a verdade é que esta doença afeta também o nosso cérebro. De resto o isolamento social justificado pela pandemia, tem contribuído igualmente para agravar a nossa saúde mental.
Descubra agora algumas das dicas que poderão ser capazes de proteger a sua mente e o seu cérebro.
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Mantenha-se ativo
É bastante fácil ficarmos mais parados e vivermos um estilo de vida mais sedentário durante a pandemia. O confinamento tem limitado severamente os nossos movimentos e impedido a possibilidade de irmos passear livremente. Os ginásios continuam fechados.
Segundo o relatório da GCBH, a atividade física é vital para proteger a função cognitiva dos adultos mais envelhecidos. Um mais frequente exercício físico permite não apenas reduzir o risco de demência, como pode também reforçar o nosso sistema imunitário, protegendo-nos contra o coronavírus. Procure, por exemplo, dar um passeio todos os dias e evite ficar sentado durante muitas horas.
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Alimentação saudável
Durante o último ano muitos foram os adultos que limitaram as suas idas aos supermercados, dificultando desta forma a compra de legumes e produtos frescos. Isto contribuiu para um consumo menor de peixe, de fruta e vegetais. Muitas pessoas acabaram por ingerir mais refeições processadas e açucaradas. Esta situação contribui para uma maior obesidade que por sua vez pode ser prejudicial não apenas para a saúde cardíaca, mas também para o aumento do risco de demência.
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Mantenha-se envolvido socialmente
Sendo certo que o relatório alerta para o facto de já anteriormente grande parte da população envelhecida sofrer com um maior isolamento social, a verdade é que a pandemia veio agravar tudo isso. As consequências podem ser graves. Este é um fator de risco – semelhante ao tabagismo e obesidade – para uma situação de morte prematura. É assim fundamental que encontre formas de manter o contacto social. Apoie-se nas novas tecnologias para conseguir conversar e ver a sua família e os seus amigos. O simples ato de falar com outra pessoa durante 10 min pode ajudar a melhorar a sua função cognitiva e capacidade de memória.
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Dê prioridade ao seu sono
Dormir é umas atividades mais essenciais no que diz respeito ao cuidado da saúde do seu cérebro. Infelizmente menos de metade de todos os adultos com mais de 50 anos reporta conseguir ter uma boa ou excelente qualidade de sono. Isto é particularmente preocupante pois é durante o sono que o nosso organismo elimina algumas placas e toxinas que podem aumentar o risco de Alzheimer. O seu objetivo deverá ser cumprir de forma regular entre 7-8 horas de sono diárias.
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Monitorize a sua saúde mental
Curiosamente as pessoas com mais de 65 anos têm tendência para reportar níveis bastante menores de depressão e ansiedade durante a pandemia, quando comparado com indivíduos mais jovens. No entanto um isolamento social pode ter um impacto considerável no nosso bem-estar, pelo que é fundamental que esteja atento a esses sinais. Procure encontrar novas formas de cuidar de si. Encontre um novo hobbie, procure passar mais tempo junto à natureza e evite passar muito tempo a ler notícias.